"Gente Humilde Em Romaria"
KaKá Ueno...18 07 02.
Desde que aqui cheguei:
Estive nas aparições como humano...
Hoje sou poeta.;
Tento de todas às forma não desacreditar:
Luto afinco para o dia-a-dia ultrapassar...
Assim, meu definho segue.;
E como uma águia,
nem mesmo ouço o meu piar...
Queria como um pássaro poder voar:
E nos homens poder acreditar.
Agora que estou aprendendo a escrever e ler...
Sei que burro se escreve com ( C, e com J )...
Agora que estou quase acordada,
vinda dos sonhos das ilusões:
E na certeza do que irei encontrar,
será quase nada.
Valei-me, ô todos os santo das estradas...
Eles acreditam em tudo,
e eu, não confio em nada.
Valei-me ô Deus da bondade:
De olhar fixo, no templo ao relento.;
Bem-dizei-vos, que preciso mesmo desta crença:
Que não mates minhas esperanças...
Venho distante de muito longe.
Hoje acordei com vontade de acreditar em alguma coisa...
Ponhei meus pés na estrada,
e fui ver a Virgem Imaculada.
Eu preciso acreditar em alguma coisa.
O sol brilha e reflete,
me enche de esperança.;
Me dou, para todos os cantos eu vou...
Onde quer que esteja,
um fio de esperança, lá estarei.
O que mais resta?
Senão me aventurar,
ir em busca de alguma coisa em que eu possa confiar.;
Se é lá que está, é lá que irei ficar...
Dói em mim, ver tanta humildade:
Tanto descaso,
na busca com o coração cheio de bondade.
Mas, é preciso acreditar!
Nos amuletos, é preciso ter fé...
Nas benzedeiras, é preciso ter fé...
Nas macumbeiras, é preciso ter fé...
Nas fadas e nos duendes, é preciso ter fé.
Fé se tem em tudo,
o que não acontece é um final com resultado.
KaKá Ueno...18 07 02.
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