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Cartas-->Carta para medeiros barag -- 13/07/2002 - 12:50 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O Engano do Engodo

(por Domingos Oliveira Medeiros)

A propósito do seu Artigo sobre o Engodo eleitoral

Tenho a maior admiração pelo sindicalista Luiz Inácio Lula da Silva. Efetivamente, é forçoso reconhecer, ele exerceu forte liderança entre os metalúrgicos do ABC. Ajudou, e muito, na melhoria da conscientização política e da união como instrumentos de reivindicação de classes, numa época de confronto entre o capital e o trabalho. Mas o outro Lula, o que foi mordido pela mosca azul, e que passou a sonhar com a Presidência da República, queimando etapas, não faz o meu gênero. Esta história de dizer que o fato de o Lula não ter experiência administrativa nada importa, e que outros presidentes com experiência fizeram péssimo governo, são premissas falsas e tendenciosas.

A bem da verdade, todos os últimos presidentes do Brasil percorreram, bem ou mal, o caminho do aprendizado político e administrativo, antes de pensar na Presidência. Muitos fizeram passagens por prefeituras, câmara de vereadores, câmara de deputados, estaduais e federal, governos estaduais, secretarias de estado e de municípios, Senado Federal, e assim por diante. Não fosse essa experiência, os resultados, com certeza, se não foram bons, para alguns, com certeza seriam bem piores se os políticos não contassem com a prévia experiência político-administrativa. Nem por isso, no entanto, seria de bom senso tentar diminuir o valor da experiência por conta desses “fracassos”. Muitas vezes, ou quase sempre, ditos fracassos encontram outra explicação: aconteceram por razões outras, de ordem ética e moral, de caráter, e jamais tem alguma coisa a ver com a experiência, que é sempre positiva.

Nenhuma organização que se preze confiará sua presidência, ou alguma de suas diretorias, a quem não tenha um mínimo de experiência. Claro que a experiência, por si só, não resolve os problemas de ordem pessoal, de personalidade, de caráter, enfim. Mas se a pessoa tiver boa formação moral, caráter, e bons propósitos, aliada à experiência política e administrativa, será muito melhor para nós todos.

Em Administração, toda vez que se coloca um excelente vendedor para um cargo de direção, geralmente se perde um grande vendedor e se adquire um péssimo diretor. Evidentemente que sempre há exceções. Mas o Lula, pelo seu discurso, pelo seu desempenho, pela sua pouca experiência, não me parece ser uma dessas exceções.

Portanto, em relação a todos os candidatos, a questão de honestidade de propósitos tem que ser checada “a posteriori”. Esse é o risco que todos temos que correr. A rigor, não sabemos, sob esse aspecto, o que se passa na cabeça dos candidatos. Que nível de comprometimento ele tem, nem com que tipo de gente ele se relaciona. Foi desse jeito que apostamos no Prof. Cristovam Buarque, aliás militante do PT. Cristovam fora Reitor da Universidade de Brasília e trouxe essa experiência para o governo. Foi o melhor governo que a capital já teve, desde a sua fundação. Hoje, para qualquer cargo eletivo, eu, que sou simpatizante do PDT de Brizola, votarei nele, sem constrangimento, nestas eleições, torcendo para que ele seja nosso representante no Senado. Já em relação à prefeita de São Paulo, também do PT, eu não votaria nela. Sua experiência não tem sido das melhores. É assim que funciona.

A votação, portanto, deixando para depois a questão da honestidade de propósitos, deve levar em conta a experiência político-administrativa, o passado ético e moral do candidato, seu programa e suas idéias. Por isso, não tenho dúvidas: Em princípio, e dentro do elenco de candidatos postos à disposição do eleitorado, o Ciro Gomes é o que reúne melhores condições de servir ao nosso país. E quanto esta história de ele ser parecido ou igual a Collor, é pura bobagem. Fuxico de quem não sabe manter o debate no campo das idéias. Mas, por via das dúvidas, e na hipótese de o Ciro vir a ser nosso presidente, e for confirmada sua semelhança, física e política com o Collor, é fácil resolver o problema. Façamos o mesmo que fizemos com o Collor. Impeachment Já!


Domingos Oliveira Medeiros
13 de julho de 2002

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