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Artigos-->D. Nicota e a Candidatura Lula -- 11/11/2001 - 23:41 (Lúcio Emílio do Espírito Santo Júnior) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Eu, como sempre, ao escrever penso em várias coisas ao mesmo tempo. Os gerânios da sacada quase secaram. As cebolinhas que mamãe plantou morreram. Os gerânios dão flores vermelhas que, aos meus olhos de míope, são borrões de sangue em meio ao campo verde.

O texto de Contrera sobre o manjericão se tornou um texto legível/escrevível quando escrevo isso acima, ou seja, um texto que motiva o leitor a escrever. Isso segundo Barthes. Se eu estiver errado, quero que o brilhante João Ferreira me corrija. É uma honra ter esse cara aqui na Usina.

Deve ser excelente professor, se for.

Ah, a Dona Nicota. Já ia esquecendo. Eu quis descobrir se Arcos, aqui no interior de Minas, estava na geografia literária. Está nos poemas de João Evangelista. Ele lançará outro livro chamado Transversias em breve. Eu me confundi e saí falando que será "Transversos". Não pesquisei muito sobre a pequenina Arcos, de trinta e cinco mil habitantes. Penso que a D. Nicota, a quem se refere Roberto Schwarz num texto com o qual tenho uma verdadeira obsessão, Cultura e Política entre 1964 e 1969, seria Dona Maricota, mãe de Magalhães Pinto, mentor do golpe de 64, professorinha natural de Arcos. Ah, corações interioranos, quem vos compreende?

Peraí, faltou o Lula.

O Lula tem um passado arquetípico de nordestino que veio para "Sunpaulo". Viveu pouco consciente de política na juventude. Mas já votava em 1963. Em quem teria votado Lula naquele ano? Ademar de Barros? Teria ele votado "sim" no plebiscito a favor de Jango? Ou ele nunca votou antes dos anos 70, tendo anulado os votos na juventude corintiana fanática?

Lula não consegue conter o riso ao ser interpelado por uma pergunta de um espectador quanto à questão do nacionalismo numa entrevista com Bóris Casoy. Lula, como simpático, vigoroso e inteligente representante da maioria do povo brasileiro, encerra seu programa eleitoral com uma música de Zezé di Camargo & Luciano. No lugar do folclore do JK, que tinha como canção-tema o peixe vivo, música de coreto diamantinense, entra o brega dos neocaipiras urbanos. FHC anda pensando que é o novo JK e chamando o PT de neoudenista. Construiu um centro cultural JK em Diamantina que imita Brasília. Lá de cima, a imagem me faz lembrar muito o palácio de Alecrim em Terra em Transe. No livro do Expedito Filho, que fez a crônica da vitória de FHC em 94, uma foto de FHC ao sorrir diante de uma igreja baiana me parece idêntico ao ditador Porfirio Diaz no filme do Glauber, pouco antes de receber uma coroa absurda e plumas e paetês de Clóvis Bornay. Isso é que é cineasta: seus filmes acabam na tela e continuam na vida. Saem da ficção para entrar na vida.



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