não vou me despedir, minha bela Bella.
em mim ficarão sempre teu sorriso,
teu olho azul de céu e a sensação
de que tua mãozinha branca estará sempre aqui,
estendida para nós,
para fazer parte dessa coisa toda
que construímos diariamente.
uma central de malucos beleza, uns nem tanto.
uma centena inteira.
você não quer ir
e essa sua dorzinha é que me acende
a certeza de que você nos ama.
o sorrisinho amarelo, um vai não vai,
e eu vou te dizer: “é na crise que se cresce”
frase idiota, repito pra te consolar.
é que quando a crise chega
e você não tem saída,
se adapta.
ah, vai logo, minha bela Bella,
vai ser feliz no frio do sul,
com tuas crias e teu homem,
que todo lugar é bom de se viver.
hora dessas as saudades se amainam,
a parentada te cercando de mimos,
tu pões tua banca de doutora
e vai construir vida nova,
longe dessa fábrica de doidos.
nós aqui, como tu,
vamos seguir, construindo o dia,
com sorrisos, lágrimas e esperanças
e - espero - muitos arrepios.
PS – sou doida, confesso, mas risonha. Meus beijos, nossos beijos.
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