Usina de Letras
Usina de Letras
126 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62192 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10449)

Cronicas (22534)

Discursos (3238)

Ensaios - (10352)

Erótico (13567)

Frases (50598)

Humor (20028)

Infantil (5426)

Infanto Juvenil (4759)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140793)

Redação (3302)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6185)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Artigos-->PIAGET E A AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM -- 10/05/2007 - 09:48 (vicente martins) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos






A teoria epistemológica de Jean Piaget



Francisca Elvira e colaboradores



A teoria epistemológica de Jean Piaget sobre a aquisição de linguagem desenvolve-se na abordagem cognitivista construtivista, pois para ele o aparecimento da linguagem se dá na superação do estágio sensório-motor dependendo do desenvolvimento da inteligência da criança, com a união dos fatores: conquista cognitivista e a inteligência sensória e motora surge na criança a possibilidade de adotar símbolos, surgindo portanto, o desenvolvimento lingüístico, já que para Piaget a linguagem é entendida como um sistema simbólico de representações.

As idéias de Piaget sobre a aquisição da linguagem são muito simples, apesar de terem revolucionado o estudo da linguagem como também do pensamento das crianças, seus estudos centravam-se apenas nas características das crianças, na quilo que ela têm e não, nas suas deficiências com relação aos adultos. Para ele assim como também para os behavioristas a criança adquire sua linguagem através de suas relações com o meio. O ponto forte de sua teoria é a revelação e a classificação de novos fatos, sempre evitando a generalização para não correr o risco da coexistência de duas posições opostas, da dualidade que ocorre em conseqüência da grande incompatibilidade entre as teorias. Piaget considera o egocentrismo, que para ele ocupa uma posição genética, como o elo de ligação de toda a característica lógica das crianças, como também uma estrutura intermediário entre o pensamento autístico e o pensamento dirigido.

Piaget relaciona a linguagem a cognição. Para ele a linguagem é adquirido através da experiência da criança com meio físico e de forma interacionista. Diferenciando dos impiristas, por acreditarem que a linguagem não construinda por ela, mas, fora do organismo e também do interacionismo de Vygotsky, que considera o adulto como criador da intenção comunicativa. Para Piaget, “a criança como todo ser vivo tende a aumentar seu controle sobre o meio colocando-o a seu serviço”,(MIZUKAMI: P.) mas isto “obedece a um grau de operatividade-moutora, verbal e mental – de acordo com nível do estágio de desenvolvimento”, portanto em cada período a criança, desenvolve um grau maior de inteligência facilitando assim a linguagem ou seu melhoramento.



“Com efeito, nenhum conhecimento se deve somente às percepções, pois estas são sempre dirigidas e enquadrado por esquemas de ações. O conhecimento procede pois das ações, e toda ação que se repede ou se generaliza por aplicação ao novos objetos gera, por isso mesmo, um “esquema”, ou seja, uma espécie de conceito práxico. A ligação fundamental constitutiva de todo o conhecimento não é, portanto, uma “simples associação” entre objetos mas a assimilação dos objetos ao esquema do individuo (Piattelli- Palmarini, 1983, p. 32).



O estudo psicogênese dos conhecimentos feitos por Piaget evidenciou a existência de estágios que parecem testemunhar a favor de uma construção continua de novidades no desenvolvimento. O qual a criança desenvolve capacidades necessárias para o estágio seguinte, provocando mudanças significativas no desenvolvimento.

O primeiro passo seria constituição de uma loja de ações, através de uma inteligência que trabalha a percepções (simbólicas) e das ações (motor) através dos deslocamentos do próprio corpo (período sensório-motor). É uma inteligência voltada para a prática. Já no final desse período sua linguagem vai da repetição de silabas a palavra – frase (“água” para dizer que quer beber água) já que não representa mentalmente o objeto e as ações, pois para ele o objeto só existe se estiver no seu campo visual. Sua conduta social, neste período, é de isolamento e inferenciação (o mundo é ela). Por isso é que a criança chora quando alguém esconde um brinquedo dela ou quando a mãe sai do seu campo visual.

O segundo é o Pré-operatório, onde dos dois anos a quatro anos, aproximadamente, surge a função dos sistemas de significação que permite o surgimento da linguagem. Podendo criar imagens mentais na ausência do objeto ou da ação, é o período do faz de conta, no jogo simbólico com a capacidade de formar imagens mentais transformar o objeto em outro que lhe traga prazer, satisfação, como por exemplo, brincar com uma caixa fazendo de conta que é um carrinho ou com uma escova de cabelo fazendo de conta que é um microfone. É também o período que ela dá alma aos objetos (“O meu carrinho está dormindo”, “a minha boneca está comendo comidinha”). A linguagem está a nível de monólogo coletivo, ou seja, todas falam ao mesmo tempo sem fazer relações com a fala das outras, ou seja, dizem frases que não tem relação com a frase que a outra está dizendo. Daí a idéia de fala egocêntrica ou centralizada, conversa consigo mesmo, sem ter interação comunicativa, pois não há preocupação com o interlocutor. Já dos 4 anos aos 7 anos, a criança deseja explicações para os fenômenos. É a “idade dos porquês”, pois ela pergunta o tempo todo. Esse pensamento continua centrado no seu próprio ponto de vista quando a linguagem não mantém uma conversação longa, mas já é capaz de adaptar sua resposta às palavras do companheiro.

O terceiro período é dos 7 anos aos 12 anos, aproximadamente é o das operações concretas, a criança conhece e organiza o mundo de forma lógica ou operatória. Sua organização social é a de bando, podendo participar de grupos maiores, chefiando e admitindo. A conversação torna-se possível (já é uma linguagem socializada), pois a fala egocêntrica desapareceu devido o desejo de trabalhar com os outros, sem que no entanto possam discutir diferentes pontos de vista para que cheguem a uma conclusão comum.

O quarto período é o das operações formais, corresponde ao nível do pensamento hipotético-dedutivo que e o auge do desenvolvimento da inteligência. A partir desta estrutura de pensamento é possível o diálogo, que permite que a linguagem se dê a nível de discurssão para chegar a uma conclusão.

Com base nos estudos feitos sobre a epistemologia de Piaget na Aquisição da Linguagem podemos concluir que a linguagem das crianças podem ser classificadas como egocêntrica, onde a criança pensa e fala por se própria sem se preocupar se o seu interlocutor está ou não entendendo e socializada quanto ela tenta estabelecer uma comunicação, ou seja, entender e ser entendida, isto porém depende da fase em que ela se encontra como também do meio a que interagem.

BIBLIOGRAFIA



1. LIMA, Lauro de Oliveira. Piaget Para Principiantes. 2. ed. São Paulo: Summus, 1980. 284

2. MIZUKAMI, Maria da Graça Nicolelti. Editora Pedagógica e Universitária

3. SANTOS, Raquel. A aquisição da linguagem. FIORIN, José Luiz (org). Introdução à Lingüística I. Objetos teóricos. São Paulo. Contexto, 2002. pp. 211-224

4. VIGOTSKI, L. S. Pensamento e linguagem. Tradução de Jefferson Luiz Camargo. São Paulo: Martins fortes, 2000



O presente trabalho, sob a orientação do professor Vicente Martins., da Universidade Estadual Vale do Acaraú(UVA), em Sobral, Estado do Ceará, contou com a elaboração das alunas do Curso de Letras Elvira, Francisca Assunção, Glalciane e Iraneide,





Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui