Ontem eu era alguém caminhando numa ponte
Suspensa por frágeis e velhas cordas,
Prestes a cair num precipício eternamente.
Desiludido, eu me agarrava às bordas
Para chegar do outro lado, indiferente.
Eis que de repente tudo mudou:
O plúmbeo e pesado céu desvaneceu,
O cintilante e quente sol brilhou,
A descolorida vegetação enverdeceu,
E meu oprimido coração sorriu.
Do outro lado da margem estava você:
Como eu, você estava tão desesperançada,
Com medo de atravessar a ponte
E se perder e se desiludir mais ainda.
Nossas desilusões simplesmente sumiram.;
Os medos, em esperança se transformaram.;
O amor e a confiança devagar cresceram
E nossos impossíveis sonhos se realizaram.
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