Amor pensante
andré luiz aquino
Penso comigo mesmo.
Eu ser pensante amo.E amo tanto, que às vezes chego a pensar que ao invés de pensar estou somente amando.São nesses momentos que fico de olhos vidrados, como se estivesse adorando ao inevitável.Como se já tivesse ido sem nem mesmo ter saído do lugar.
O amor não me paga as contas, não, não senhor ou senhora, mas é por ele que me levanto todos os dias.E é também por ele que me deito, que me caio, que me jogo, que me afundo.Não vivo de amor, mas talvez morra de amores.
Morra de amores pelo o que o amor me trouxe ou a maré levou, morra de amores pelas coisas que os outros julgam nulas, mas que pra mim são preciosas.Cada vez mais acredito que o que para os outros é pouco, pra mim pode ser tudo.
Tu me perguntaste: “Se diz que ama, amou e foi amado tanto, então porque até hoje não deu certo?”.E eu te respondi meio que irado, meio que partido um dia depois ou dois.
“Não deu certo porque eu estava errado, porque eu não passava de um menino mimado.Porque magoei e também fui magoado.Tudo além dos limites.Porque eu era um nervo exposto ambulante, uma fratura no braço constante, um produto mal acabado.Mas vivi até hoje para aprender.E foi amando que aprendi a amar.Hoje já posso dizer que sou homem.Que sou da turma da fraternidade, não sou como os outros metidos a “bad boy” que acham graça em maltratar mulher só para que elas corram atrás deles.Apenas digo, acredite no meu coração, mesmo eu sendo um homem”.
Eu ser pensante amo.Esse amor moderno, amor da madrugada maravilha, amor de margem de rio, da praia da ilha, de manhazinhas que acordamos cheios de amor.Eu ser pensante amo, esse amor marcado, um amor sorriso, este amor complicado.Eu ser pensante amo tanto porque os anos me fizeram bem.
Eu ser pensante amo esse amor maluco.
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Andre Luis Aquino
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