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Poesias-->MORRER DE AMOR -- 16/07/2002 - 23:43 (Lílian Maial) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Morrer de Amor





Ah, morte, sê bem-vinda!

E sob teu manto de negrume

todas as cores me sorriem,

agora que te vejo a face.



Vem calma e serena,

tomando-me o peito,

já enfraquecido de tanto amar.



Agora que provei teu gosto puro,

que conheci teus encantos,

queria viver mil vidas,

apenas para ter-te novamente intensa,

assim de frente,

penetrando-me em ondas.



Vem, toma-me a boca

e silencia minhas palavras,

que não mais preciso delas

em nossa linguagem de almas.



Cala minha boca

com teu beijo cálido

e me devolve a paz.



Leva meus olhos,

já que vi toda a luz do nirvana

e nunca mais me perderei de mim.



Corta minhas pernas,

que meu pensamento caminha

léguas ao meu redor,

e já não fujo

e nem disfarço mais os dias.



Vem doce ao meu encontro

e me sorri amiga,

pois que te sei injustiçada e malquista.



Ah, ledo engano...

Quão tolos os que inda não te encontraram,

os que te rejeitam, sem saber do prêmio.



Tolos, todos tolos e vãos...



Ah, toma minhas mãos

e todo o meu corpo,

que nunca soube que a morte é gozo

e o gozo é a morte por segundos,

numa dimensão de tempo finito

no eterno.



Tola que fui,

eleita do amor,

que nasci e vivi já sabendo-te à espera,

que escapei tantas vezes,

acreditando-me abençoada,

que te neguei e maldisse

tanto e tanto e tanto...



E, no entanto,

nada jamais deu-me tanto sentido,

que esses segundos desse nosso tempo,

quando enxerguei tua face branca.



Não me escapes agora,

leva-me embora contigo,

pois meu amado deu-me a aurora,

e nesse gozo puro,

que me invade e aflora,

nada mais resta a fazer,

antes que ele vá embora,

senão de amor morrer.





Lílian Maial
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