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Teses_Monologos-->A SÍNDROME DO ERRO USINAL ! -- 25/03/2002 - 07:18 (António Torre da Guia) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
---- Decerto que os Usineiros mais rotinados, que têm a prudência de não se meterem sob pseudo-literária chuva suja, desde há muito constataram que uns dados co-utentes usinais sofrem da síndrome do erro de outrém (nunca deles!). Eu, após três meses de Usina, acabo de constatá-lo e confirmá-lo sem equívoco, surpreendido no entanto que semelhante casta de indivíduos pretenda impor-se em escrevinhações de cota alta. Mas nem só sobre a escrita o desmiolo impende. Qualquer bichanice que lhes atravesse a cabeça tende a recair sobre o que lhes apetece zurzir sem mais nem menos. Escassos sejam ou não os motivos, os gajos não se coíbem de descaradamente inventá-los, tal como de imprescindível e vital oxigénio se tratasse. A linha de colisão, lamentávelmente, só poderá ser evitada pelo completo desprezo, para que se preserve a notável liberdade democrática da Usina.

---- De quando em vez lá aparece um salabórdia armado em cruzado de campanha contra as sombras infieis que lhes perpassam na dejectória cerebral. Não são em nada diferentes duns quantos que por estas bandas também ousam revelar-se inversores reaccionários, daqueles que parecem não ter tido ventre de mãe. O mundo inteiro tresanda deles desde que a bendita democracia decidiu - e bem - abrir as portas do inferno terreno e provar quanto utópica seria a terra no céu.

---- Particularmente no que a mim me toca, é de referir:

---- Se gosto duma Mulher, estou errado; se aprecio escrever, erro também; se tento um improviso sem rede, é erro crasso; porque sou português - reparo sobretudo e que honra - estou em erro sem perdão; se penso palavras novas ou as reenformo, permaneço em erro; enfim, já me habituei a estar sempre errado logo que coloque uma palavrita na minha página ou até nem coloque nenhuma! Se lhes exponho a verdade ou a mentira (minhas) a reação é sempre vice-versa.

---- Já me decepcionei, confrangi, indignei e revoltei. Não fosse a Milene, para mim fundamental, e já tinha, sem pena alguma de olhar para trás ou hesitar um segundo, dado o fora da Usina. A escora-mór a que me prendo permite que me estenda em deleite, de rosto deslumbrado face ao meu rotineiro portátil. No café os convivas até presumem que estarei a ver desenhos animados. Deliro, desde que as figuras sejam vermes; desde miúdo que adoro ver minhocas contorcerem-se, seccionadas, em três ou quatro poedacinhos, até cessarem de rebolar-se!

---- Ocorre-me a propósito citar um amigo, ilustre versado no Fado de Coimbra, o Dr. José Maria Nunes Lacerda e Megre, quando sente que alguém alça a pata em posição de coice: - Cuidado, aviso-vos que além de José Maria Nunes e Megre, também me chamo Lacerda!

---- Parece-me que o dito, com erudita e fácil propriedade, exprime tudo sobre os espertalhões que propendem à fanfarronice de boeiro. De resto, co-usineiros de benquista condição, ressalvem-me as leviandades que só a experiência prática, no caso da Usina, dissolve. Convosco passou-se decerto o mesmo, embora com outros entretecidos. O mar não tem outro remédio se não engolir os rios poluídos, doa a quem doer. E, pelo menos no meu caso, não perco tudo: tenho a oportunidade de "Eçar" as delícias da fervorosa pena portuguesa que deixou frondosos pavões a queixarem-se das asas.

---- Milene, Amigas e Amigos Usineiros, Amigo de Cingapura, antes que crestem o raciocínio, não se metam em tais ementas por favor. Cego, surdo, mudo e insensível serei eu sem transgredir. Na Usina, infelizmente, não posso lá ir com o corpo!

----------------- Torre da Guia -----------------




















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