Estou triste por não ter chegado a Brasília, quando começava a nascer, para presenciar seu parto feliz. Antes tivesse tido essa oportunidade. Como eu desejava ter sido um dos primeiros a pisar esta terra florida, de muito sol, muitas estrelas, ainda totalmente virgem, sem ter sido tocada por ninguém, tão distante e diferente do meu São Paulo,da garoa.
No entanto, considero-me pioneiro também, pois meu pranteado amigo e colega, o Paulinho de Azevedo Marques, que se tornou presidente do Centro Acadêmico XI de Agosto,liderou a Comissão Mudancista, da qual também fiz parte. Se não sou pioneiro físico, pelo menos sou pioneiro espiritual, com muita honra!
Primeiramente, embarquei sozinho; em seguida, trouxe minha família: mulher e três filhos, ainda pequenos. E, por acaso, toda bagagem. Até parece meus pais, quando vieram da Europa. Primeiro, vinha o pai e, quando a situação já estava boa, mandava vir a esposa e os filhos e tudo o mais que havia. Ás vezes, nem isto faziam! Entretanto, não foi o que ocorreu com meus pais que, contrariando a moda,juntos,chegaram a São Paulo, em plena revolução constitucionalista de 1932.
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