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Artigos-->BUSCANDO A ALEGRIA -- 16/04/2007 - 23:36 (L. Stella Mello) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos




Vivemos atribulados com nossos compromissos, sempre devedores, em falta com aquilo que havíamos planejado fazer ou o que gostaríamos de ter feito. O relógio tornou-se o nosso principal inimigo, porque implacável sempre a nos acusar que estamos atrasados.

Mas o tempo, cujo representante é o relógio, às vezes nos dá um instante de trégua, seja no trânsito, em uma fila, à espera de alguém, ou mesmo quando falta energia elétrica e nada podemos fazer. Nesses raros instantes buscamos ver se encontramos o nosso EU, saber onde está recolhido.

Todos nós temos esses momentos, somos obrigados a parar, coisa tão necessária para não desgastar demais as nossas energias. Nesse recolhimento, quando percebemos que não adianta um aborrecimento, porque involuntária a parada, o que nos exime de culpa, nós nos damos de presente um passeio mental, buscando as coisas boas que não tivemos tempo sequer de imaginar... Vamos “degustando” saborosamente aquele antigo sonho, aquela viagem tão protelada, e outras tantas coisas que o tempo não nos permitiu...

Se conseguirmos alcançar este estado de paz interior, chegaremos a sentir algum prazer nesse incidente que nos deu de presente “um tempinho”. Pode ser até mesmo que sintamos um sorriso assomar à nossa face... Rimos sozinhos, por fora, à vista de todos, porque a alegria momentânea veio do mais fundo do nosso Eu... É uma alegria muito grande pelo que antevemos: nossos planos prestes a serem retomados.

Depois, vamos voltando para os nossos afazeres, nossas preocupações... Nossas ocupações.

Porém, sentimos que ganhamos algo, e voltamos a sentir aquela mesma alegria anterior. Voltamos aos nossos planos, criamos alma nova, voltamos a sentir que tudo vale a pena, que a vida até nos deu mais do que imaginávamos. Sentimos que nem tudo é tão ruim como estávamos achando... Estamos com saúde, nosso trabalho caminha, apesar dos nossos esforços, ou talvez por isso mesmo... Então, porque não sermos mais alegres? Por que desperdiçar tantos momentos, dias inteiros só porque algo não saiu como esperávamos?! Ou porque nossas pretensões eram muito altas?! Talvez seja melhor ir devagar, com um pouco mais de calma. No mínimo isso fará bem à nossa saúde!

Então nos perguntamos: há quanto tempo não vou ao cinema? Há quanto tempo não faço um passeio, uma viagem com alguém de quem gosto?

E sentimos um novo ânimo. Ganhamos novo alento, às vezes chegamos a nos perguntar por que estávamos tão tensos? Por que havíamos perdido a costumeira alegria...?!

Não havíamos percebido que deixáramos a nossa alegria de lado, esquecidos de quão importante ela é para o nosso eu interior.

Costumamos levar a vida muito a sério fazendo de nossas ocupações uma obrigação tormentosa. Vamos entrando, através desses pensamentos, em um desvão escuro, vamos endurecendo nossos sentimentos, vamos enrijecendo nosso corpo, apagando nossa força interior, definhando, em suma, deixando de viver. Vamos aos poucos nos matando.

E descobrimos que estávamos esquecidos de ser alegre. E a alegria é luz interior e pode mudar nossa percepção da vida.

Não importa a idade que tenhamos, rir é saudável, ameniza nosso sentimento, tonifica nosso coração. A alegria é tão positiva, tão contagiante que faz com que tenhamos vontade de dançar, de correr por aí como crianças. E por que não? Se esse é o verdadeiro caminho para a felicidade. Da calma interior, quando chegamos a sentir um reconhecimento pela nossa vida, um agradecimento pelos momentos que vivemos, pela natureza exuberante que podemos admirar, sentindo a nossa liberdade como as aves no céu, sentirmos uma brisa suave a desmanchar nossos cabelos como faz com as palmeiras que balançam ao sabor do vento... Oscilarmos, sentindo que fazemos parte desta vida vibrante com seus movimentos contínuos, mostrando os ritmos naturais, como o dia e a noite, o sol e a lua, o calor e o frio, o outono e a primavera.. Um renascer contínuo trazendo sempre a primavera, mostrando-nos que tudo renasce num ritmo contínuo, e em nosso coração sempre haverá um sol a nos mostrar o renascimento da vida!





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L. Stella Mello - autora do Romance "EULÁLIA"

lstellamello@uol.com.br

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