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Artigos-->O náufrago- andré luiz -- 12/04/2007 - 01:28 (m.s.cardoso xavier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O náufrago



O filme já não é nenhuma novidade, começou a ficar “antigo” e para mim já é um clássico.Estou falando de “O náufrago” com Tom Hanks.Pois bem, tive meus dias de náufrago esse fim de semana quando resolvi acampar numa praia semi-deserta.Semi-deserta porque hoje em dia a presença humana é quase onipresente, ainda mais em praias bonitas como as da Ilhabela.Jamais havia acampado em toda minha vida e por isso esse ato tomou ares de sobrevivência.

Resumindo em linhas gerais “O naufrago”, Tom faz um cara ocupado demais, a serviço do capitalismo, sem tempo para nada e controlado pelos horários(“O tempo nos controla sem piedade”),que acaba sozinho numa ilha após um trágico acidente de avião.Tirando o acidente de avião, há paralelos entre a vida dele e a minha e talvez de tantos e tantos por aí.

Em seu isolamento o naufrago tinha duas grandes companhias: a sua bola de vôlei Wilson e o relógio com a foto de sua noiva.Wilson é um amigo imaginário, mas que na verdade representa uma parte dele mesmo. Por causa do isolamento planejado num lugar selvagem e inóspito, ou pelo contato direto com a natureza em estado bruto pude sentir sensações de muito medo ao dormir sozinho numa praia, mas eu também tinha o meu próprio Wilson e uma foto que me fizeram dormir tranqüilo.

Pensando sobre o filme agora aqui no conforto do meu lar, percebo que na verdade, a vida de Chuck(Tom Hanks) não mudou, como talvez não mudasse a minha ou a sua, pois mesmo na sua vida anterior ele não tinha um contato humano verdadeiro com o resto do mundo. Tudo o que lhe dava sentido à vida, na verdade, ele encontrou na ilha.

Continua a ter a sua noiva através de uma foto, em uma relação, talvez, com mais calor humano e sinceridade do que a anterior.É engraçado como só percebemos o valor que alguém tem para nós quando este alguém não está mais ao alcance dos nossos olhos.

No fundo, o personagem do Tom já era um náufrago bem antes de cair no mar. Como todos nós.Sozinho você percebe que sobreviver é fácil, difícil mesmo é viver.É na dificuldade que você percebe percorrendo por suas veias uma força íntima, uma coragem escondida, a nossa inteligência superior e nossa disciplina desconhecida que nos torna capazes de vencer qualquer obstáculo.E para ajudar, temos nossa dimensão espiritual, uma proteção.Acredito que tal como dizem as lendas dos gênios das lâmpadas, nós temos não três desejos concedidos, mas três milagres que acontecem ao longo de nossa vida.Talvez um ou dois deles nós nem ficamos sabendo que aconteceram, porém pelo menos um deles temos consciência e o conhecimento, e de fato nos salvam e nos transformam para sempre.

Chuck chega mesmo a pensar em tirar a sua própria vida em um momento de muito desespero.Mas uma voz interior diz : “Eu tenho que continuar respirando, porque amanhã o sol nascerá. E quem sabe o que a maré poderá trazer?”

E a maré trouxe a sua salvação....



Andre Luis Aquino



http://andre.aquino12.blog.uol.com.br/

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