Desnuda, recostada no leito, coxas afastadas, te observo com meus olhos pidões. Sim, meus olhos falam, imploram por teu tesão. Excitada, soabro os lábios vulvares e exponho a mucosa rosada, úmida, o convite para teu deleite. Devoras-me com os olhos, tremes discretamente. Não sabes por onde começar. Contemplas, atônito, minha carne exposta e temes que ao tocá-la, como em um sonho, se desvaneça. Aproximas-te vagaroso. Estendo os braços e te acolho como a um menino te oferecendo meus seios túrgidos e palpitantes, os quais sugas de olhos fechados passando de um para o outro, embevecido. Afago teus cabelos curtos em devaneio e acordo com tua língua me acariciando o rosto, as pálpebras semicerradas, a boca e os dentes. Entregamo-nos a um beijo apaixonado onde nossas línguas se acarinham envolventes, deslizando uma sobre a outra, se lambendo mutuamente. Suavemente deixas minha boca ainda entorpecida por teus beijos e desces lambendo-me o vale dos seios, o ventre, as coxas e a virilha. Tua saliva que me banha o corpo, se mistura com minha secreção do amor te lambuzando o rosto. Ajoelhas-te bem próximo à minha vulva que entreabres, mergulhando o rosto em minha vagina alagada, me cheirando e me lambendo, como um cãozinho adestrado. Sugas meu clitóris com intensidade crescente me fazendo gemer baixinho e depois alto, cada vez mais alto, em delírio. Simultaneamente me penetras com teus dedos ágeis e experientes friccionando minha mucosa ardente. Tremo, me contorço, mas não quero me entregar. Ainda. Concedes-me, então, o golpe de misericórdia. Tua língua penetra minha vagina de forma insidiosa, a princípio lentamente e depois em ritmo acelerado, como uma serpente voraz, se infiltrando, invadindo meandros e tentando alcançar minha matriz uterina.
Por fim, em meio à seguidas convulsões, sou possuída por orgasmo tão violento que desfaleço, consumida, em teu braços adoráveis.
15/09/02
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