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Artigos-->ENTERRO DA PALAVRA E DOS ATOS. -- 08/04/2007 - 07:39 (GERALDO EUSTÁQUIO RIBEIRO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
ENTERRO DA PALAVRA E DOS ATOS.



Há poucos dias escrevi que algumas palavras poderiam ser retiradas do dicionário porque não tem nenhum sentido prático e estão há muito tempo em desuso.

Hoje, pensando na situação atual do país percebi que outra palavra pode seguir o mesmo caminho, esta palavra foi muito usada até o ano de 2002 quando o partido dos trabalhadores assumiu o governo.

E logo em seguida foi deixada de lado.

Assim que fazer oposição deixou de ser necessário.

Oposição: Partido Político contrário ao governo. Vontade Contrária.

Enterraram esta palavra.

E o ato de ser oposição só acontece para beneficio próprio.

É assim que o Aurélio define esta palavra.

Na prática isto hoje não acontece mais, todos são da situação.

Menos o povo, que não é contra e nem a favor de nada, desculpem a expressão, mais a grande maioria é como “bosta n`água”, vai para onde a onda levar, isto é para onde a mídia ou a falmacutaia levar.

Como sempre, desde que mundo foi criado, o mais forte engoliu o mais fraco, na linguagem a coisa não é diferente, a Situação engoliu de vez a Oposição.

E a palavra e os atos de opor caíram em desuso.

Ficou fora de moda.

Com a inteligência e paciência de quem assiste o girar de uma placa de torno para aplainar arestas, colocou a Situação política e financeira do país em um grande marasmo para o povo e extremamente favorável à classe política e para a elite, com cada um mamando caladinho sem se importar com que o outro está fazendo.

Quem nos anos áureos da oposição gritava contra o imperialismo que massacrava hoje troca afagos com o tirano da maior “democracia” do mundo que se vê no direito de mutilar uma nação inteira para matar covardemente um líder tirano que deixou de ser aluno.

Na minha cidade e tenho certeza que cada um pode dizer o mesmo, ninguém é contra ninguém, todos são a favor das tramóias e falmacutaias. Depois que a imprensa marrom começou a distribuição “gratuita” de jornais com matérias duvidosas, o povo parou de ter acesso às verdades que machucam.

E quando outro jornal de grande alcance publica uma matéria que incrimina os donos do poder, somente os assinantes recebem, porque ele é logo tirado de circulação.

Como se opor a quem oferece pão e mel?

Como gritar contra quem continua oferecendo o mesmo pão e circo que foi o motivo da oposição subir ao poder?

Em todo o país esta sendo praticado a máxima: Se não pode com o inimigo junte se a ele.

E isto é irreversível.

Nunca mais veremos alguém ser contra quem sucateia a saúde e agride o meio ambiente e trata os pobres como cães sarnentos sem direito nem mesmo ao pão e circo, que são oferecidos aos que aceitam ser capachos ou puxa-sacos.

E muitos pobres gostam de desempenhar este papel e milhares de ricos não conseguem sobreviver sem entregarem sua alma para o capeta a troco de um salário sem ter ao menos o trabalho de sair de casa.

Quem quer defender os mais fracos?

Se isto vai custar menor participação na partilha do dinheiro público?

Quem quer lutar por um mundo melhor para os outros?

Se o seu mundinho está excelente?

Para que se opor?

Que se dane a palavra e os atos.

Que se dane o povo.

Sepultaram de vez a palavra e o ato de se opor.

Desde que o antigo partido dos trabalhadores galgou as escadas do poder o país deixou de conhecer o sentido desta palavra e assistiu cenas nunca antes imaginadas, a troca de abraços e afagos entre os que massacravam os pobres com os que antes era povo e agora é elite.

E fazer oposição não é como andar de bicicleta, dá para esquecer definitivamente.

E sumiu!









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