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cronicas-->Partes de corpos 1 -- 05/05/2000 - 09:18 (gilberto luis lima barral) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
PARTES DE CORPOS

O que havia de mais lindo nela era o seu olhar. Nas lembranças ele guardava sempre o brilho daqueles olhos de um de seus melhores encontros. Ou mais precisamente quando se reencontraram. Passariam então mais seis meses longe um do outro, novamente. E assim continuaram durante muito tempo até chegarem à sua hora e vez de felicidade.

Nesses dias todos com muita saudade de sua namorada enfiou a cara no trabalho. Sobre a sua mesa revistas, livros, fitas de áudio, gravadores, canetas e muitas folhas de papel. Todo o tempo esses últimos objetos convidando-o para uma pausa e uma missiva. Mas nada. Trabalhando como um trabalhador fazia todo o serviço e o dia terminava sem avisá-lo. Logo ele que desde cedo se acostumara aos braços preguiçosos do amor foi condenado ainda jovem à labuta, deixando a sua amada por longos períodos na solidão e na espera.

Ela não esperava parada, fazia como ele. Esse era o segredo. Dispuseram-se à vida, depois fartos dela decidiram ser alguém e partiram para os mundo do trabalho, do sucesso dando adeus às suas vidas. Cada um seguiu para um seu lado. Combinando, como num conto fabuloso que conheciam que se encontrariam sempre nas suas férias no cemitério das colinas para verem o pór-do-sol. De lá se podia ver toda a cidade mas bem ao longe. Tinham que arquear as sobrancelhas para enxergarem os objetos na distància. Eram míopes e seus olhos muito bonitos. De maneira tal que quando olhavam um para o outro o faziam bem de perto para obterem um melhor foco.

Agora que os dois voltaram em definitivo para a cidade de origem teriam muito tempo. Matariam as saudades de tantos anos distantes. Tinham conseguido vencer na vida. Adquiram bens e uma segurança no trabalho. Era casar então. Combinaram a data e foram ao centro da cidade providenciarem os papeis e demais protocolos. Primeiro passaram no banco 24 horas para retirarem algum dinheiro necessário. Enquanto o namorado desceu na agência bancária ela ficou dentro do veículo à espera dele.

Aproveitando a situação dois assaltantes chegaram até o veículo, abordaram a moça e mandaram-na seguir em frente. Ninguém percebeu nada. O namorado ao sair do banco deu falta da namorada. Esperou alguns minutos pensando que ela teria dado uma circulada para não ganhar uma multa do guarda de trànsito, mas a demora foi bastante. Começou então a série interminável de telefonemas e preocupações.

Mas sua espera não foi muito longa, pois em menos de três horas veio a notícia no telejornal urgente. A sua namorada fora encontrada jogada na beira de uma estrada terrivelmente assassinada. O carro ainda não tinha sido encontrado, nem os possíveis assassinos.
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