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Artigos-->Convite para uma Corrida de Caucus -- 26/03/2007 - 09:07 (Ivan Guerrini) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Na região entre o fixo, o periódico e o além, dado pelo caos degenerativo, abre-se um espaço-tempo criativo: a região do caos criativo (RCC). Essa região faz parte de um sistema dinâmico complexo e adaptativo, os tais SDCA, a qual geralmente é uma pequena região comparada com as demais, minúscula às vezes, podendo nem mesmo existir conforme cada caso. É uma região que não está em tal lugar, ela se abre, se faz, emerge. Como provar a existência de uma região dessas, portanto? Não é um local bem definido onde qualquer um pode ir conforme quer. É como se fosse um estado de êxtase, um Horizonte Perdido que não se acha através de um mapa bem definido. Provavelmente é nessa região, irregular, instável e indefinida que há a ligação com a dimensão espiritual e, portanto, com a evolução e a realização do ser humano. O contacto não-local com outras dimensões mais elevadas aí nessa região pode ser feito através de um portal ou de alguns portais e o contacto ocorre por alguma glândula especial do ser humano, a Pineal, por exemplo, ou também por um ponto especial, talvez o Ponto de Deus no cérebro, como prefigurou a física Danah Zohar em seu livro “Quociente Espiritual”. Ora, quem está fora dessa região e só a olha (ou tenta) com os óculos das dimensões concretas, jamais a verá. Pode até achar essa glândula ou esse ponto no organismo humano, mas jamais dirá que eles têm algo a ver com o transcendente. Muito pelo contrário, dirá que se encontraram pontos do organismo humano através dos quais as pessoas imaginam que vêem ou sentem coisas, quando, segundo eles, são somente manifestações anômalas desses pontos. Basta ler a posição de muitos cientistas clássicos na matéria “Espíritos” publicada pela revista SuperInteressante. É a visão dos cartesianos materialistas, muitos dos quais até dizem crer em Deus, mas não na intrínseca espiritualidade do ser humano. Só estando nessa região para saber, ou melhor, sentir e ter certeza de que é aí nosso lugar e que os portais não são balelas... A compreensão das estruturas quânticas chamadas de “condensados de Bose-Einstein” também podem ajudar aqui, já que são as estruturas mais altamente ordenadas e unificadas da natureza. Os livros de Danah Zohar podem, de novo, ajudar neste ponto. Estaríamos, nessa região de caos criativo, permitindo que se formem em nós mesmos esses condensados que abrem a possibilidade de contacto com outras dimensões. E se os clássicos quiserem classificar esta possibilidade como mera especulação, que assim seja. A visão de mundo depende de onde estamos e de como olhamos a vida. De fato, olhando da região do fixo, do reduzido, esses portais não existem. Quando estamos no nosso melhor estado de bem-estar, estamos nessa RCC e formando os tais condensados. O que quer que nos tire ou evite de chegar nessa RCC precisa ser, portanto, contornado ou descartado, não de qualquer forma, mas com assertividade e sabedoria. É nessa direção que temos que trabalhar nosso ser para evoluir. Não é esta religião ou aquela, este grupo ou aquele que vai resolver esse “probleminha” para nós, ou este ramo da ciência ou aquele que vai nos dar conhecimento suficiente para se chagar lá. Tudo pode ajudar ou pode atrapalhar. É uma questão de foro íntimo, de responsabilidade pessoal, de desejo profundo de mudança. Não é simplesmente uma mudança de vestimenta, carro ou casa. Quaisquer dessas mudanças há de vir com uma mudança mais profunda, quase que radical, de controle para confiança na vida. Essa mudança de postura, para quem quiser saber mais, faz parte do grande pacote de mudanças previstos no livro “Conspiração Aquariana” da jornalista Marilyn Ferguson e pode causar inquietações em quem está ao nosso lado e que usa outros óculos para olhar a vida. E às vezes ocorrem decisões marotas e chamadas de irresponsáveis pelos cartesianos que julgam, porque vão contra as regras, os dogmas. Na verdade, cada um tem seu caminho e este é único, ainda que possa se parecer com os de outros, uma vez que há uma ressonância que chama, que convida. Os condensados de Bose-Einstein vibram na mesma freqüência, poder-se-ia dizer. Contudo, os detalhes serão sempre diferentes para cada um. Se é nessa região não definida que há ressonâncias com a essência, poder-se-ia dizer que há, nas demais regiões mais habitadas pelo ser humano (fixas e cíclicas) a prevalência de costumes arraigados que só fazem repetir padrões arquetípicos da família, da cultura e da sociedade. É verdade que às vezes as religiões levam a essas regiões mais criativas, mas em seguida já falam das regras rígidas e dogmas a serem seguidos, o que faz voltar imediatamente às regiões não criativas, ou seja, constantemente as religiões mostram os contornos do paraíso e, paradoxalmente, em seguida expulsam o ser humano dele. E o arquétipo da criação bíblica contado no livro do Gênesis se repete! Percebe-se também que, numa referência aos filósofos mais afoitos, a questão da realidade mais profunda ou essencial fica sem resposta clara neste modelo dinâmico, o que entra em sintonia com algumas filosofias recentes, como a de Bérgson e Feyerabend, eu diria. Se houver essa realidade única e mais essencial, ela permaneceria “escondida” ou ainda vista com véus aos olhos da raça humana, uma vez que dela só temos lampejos que nos vem pela sintonia das RCC com outras dimensões, através dos pontos já mencionados e da formação dos condensados. Parece-me que a abordagem transdisciplinar pode ajudar muito neste ponto, com as visões do físico Stéphane Lupasco do século passado, quase um desconhecido para os cientistas clássicos e para a sociedade em geral. Como as RCC são instáveis e indefinidas, as informações que dela vêm não são passíveis de estudos clássicos, o que nos diz que da realidade profunda só temos insights e a nossa própria leitura e interpretação. Não há como dizer que as idéias do Teorema da Incompletude de Kurt Godel e as estranhas propostas da Física Quântica não façam sintonia com estas idéias. Por isso mesmo, entendo que os físicos que avançaram esse sinal foram e são chamados de místicos de forma pejorativa. Se esses arautos da visão clássica lessem, com olhar aberto, a biografia de Albert Einstein, veriam que esse misticismo passa a ser essencial para a evolução do ser. Alguns pontos ficam claros, então: não há como se chegar à compreensão das RCC a partir de estudos simplesmente clássicos. É preciso ir além, “sem medo de ser feliz”. E eu diria que é preciso ter uma rebeldia saudável para ir além. É como se entrássemos numa corrida de Caucus, semelhante aquela mostrada no livro “Alice no País das Maravilhas”. É uma corrida onde não há o “um, dois, três, já...”, mas onde os personagens começam e param quando “dá na telha” e, portanto, não dá nunca para saber quando a corrida termina. Ao contrário do que prefigura o mundo clássico, essa é uma competição sem regras definidas e sem autoridade a ser seguida, a não ser a própria consciência. Com certeza, esta corrida não é para os que estão na "normose" de J. Y. Lelup. Então, aqui vai um convite: Quem quer entrar na corrida de Caucus para se atingir a RCC e formar os condensados de Bose-Einstein? Você não quer? Não mesmo? Por que? O que está lhe impedindo? Suas crenças arraigadas? Seus medos prefigurados no Arquétipo de Jonas? Como esta NÃO é uma chamada de uma religião, eu não digo que você venha aqui ao nosso templo e faça conforme manda nossas regras, estatutos ou segundo a revelação dos deuses feita ao fulano ou ao sicrano. Nesta linha de evolução pessoal, não há receitas prontas, muito menos dogmas. Há, sim, um convite para um compromisso pessoal cada vez mais intenso consigo mesmo na direção da evolução que leva à realização plena do ser. Ou seja, o convite é para uma Corrida de Caucus.
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