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Artigos-->O DESCASO DOS GERENTES DE CORREIOS COM AS BIBLIOTECAS. -- 25/03/2007 - 23:21 (Mário Ribeiro Martins) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O DESCASO DOS GERENTES DE AGÊNCIAS

DE CORREIOS COM AS BIBLIOTECAS.





Mario Ribeiro Martins*





Cada Agência de Correio, em quase todas as cidades brasileiras, tem o seu GERENTE. A sensibilidade deste gerente é fundamental para a vida das pobres bibliotecas locais. As bibliotecas, de modo geral, não dispõem de recursos para comprar livros. Elas dependem da boa vontade dos autores, dos escritores, dos intelectuais que mandam os seus livros, como doação, para as ditas bibliotecas.



Mas, o que está acontecendo, na prática? O autor manda o seu livro, como Impresso ou como Encomenda Normal para uma biblioteca que pode ser pública, de uma academia ou de uma universidade.



O Correio, ao invés de mandar um Carteiro levar a Encomenda ou o Impresso, com os livros, manda apenas um “aviso” para que a biblioteca escale alguém para ir à Agência dos Correios, buscar os livros. O envio do mero “aviso” é discutível, porque como não há comprovante do recebimento, nem sempre é possível saber se o dito “aviso” foi realmente entregue e quem o recebeu.



Quando se acessa o site do Correio, vem a informação “AGUARDANDO RETIRADA”. Como estas bibliotecas mal conseguem sobreviver, sem dinheiro e sem funcionário, não comparecem aos Correios portando o dito “aviso”. Resultado, depois de 30, 60, 90 dias, os livros retornam ao remetente com a observação: “NÃO PROCURADO”.



É aí que entra a figura de um gerente sensível da agência dos Correios, que seja capaz de sentir o problema das bibliotecas. Veja os casos que menciono:



Comprei uma Caixa tipo 2 e coloquei nela livros para a ACADEMIA PARANAENSE DE LETRAS(41 3222 7731), RUA PROFESSOR FERNANDO MOREIRA, 370, CURITIBA – PARANÁ, 80410-120. Entre os livros, estava o DICIONÁRIO BIOBIBLIOGRÁFICO DE MEMBROS DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS, com 1.034 páginas.



Depois de alguns dias, a Caixa com Encomenda Normal voltou com a observação “NÃO PROCURADA”. Na mesma hora, ainda dentro da Agência dos Correios, em Palmas, comprei outra caixa e mandei, inclusive, com a Caixa que retornara, por SEDEX, para o mesmo endereço.



Pois bem, o Sedex foi postado no dia 05.02.2007 e no dia 06.02.2007, por volta das 17:00 horas, o site do Correio, já dizia: “ENTREGUE”. A injustiça dos Correios consiste neste fato: substituir a entrega da ENCOMENDA no endereço indicado, por um mero “AVISO”, que nem sempre é recebido.



Outra experiência: No ano passado(2006), mandei o meu DICIONÁRIO BIOBIBLIOGRÁFICO DE GOIÁS para várias entidades culturais dentro da Praça Cívica, em Goiânia e nas imediações dela. Nesta Praça fica a Agência dos Correios. Pois bem, depois de alguns dias, os livros voltaram com a célebre observação: NÃO PROCURADO.



Ora, todos que conhecem Goiânia sabem que a Agência dos Correios fica a poucos metros das entidades culturais para as quais os livros foram enviados, Academia Goiana de Letras, Instituto Histórico e Geográfico de Goiás, União Brasileira de Escritores, Biblioteca do SESC, Biblioteca Marieta Teles, Biblioteca Pio Vargas, Museu Zoroastro Artiaga, etc.



Se o gerente da Agência fosse sensível a estas bibliotecas, teria pedido a um de seus carteiros para deixar os livros nas ditas entidades. Foi preciso então a interferência do gerente de outra agência, meu amigo pessoal, para que os livros pudessem ser encaminhados às ditas instituições.



Outro fato: A Editora Kelps me mandou como ENCOMENDA NORMAL um livro do escritor José Mendonça Teles. Pois bem, conforme o site de busca do Correio, a encomenda, sob o número “vc082746595br” foi postada no dia 02.02.2007, em Goiânia. Vejam: só saiu de Goiânia no dia 12.02.2007 e chegou em Palmas, Tocantins, no dia 14.02.2007. Portanto, a encomenda ficou em Goiânia, parada, durante 10(dez) dias.



Não é justo que os escritores, para que tenham os seus livros, colocados em Bibliotecas Públicas, Academias e Universidades, tenham de enviar os seus livros por SEDEX. Num país como o nosso, com tantas dificuldades para se ter acesso aos livros e à leitura, é preciso que o Correio atente para este lado social da questão. Um gerente sensível às necessidades das bibliotecas, ajudaria muito nestas ocasiões, pedindo a um dos carteiros para encaminhar os livros às instituições.



Veja outra dos Correios: No dia 01.03.2007, postei, em Palmas para Brasília, uma encomenda normal sob o número VC138328938. Pois bem, no mesmo dia 01.03, foi encaminhada para Goiânia que fica a 300 quilômetros de Brasília. Ao invés da encomenda ir para Brasília, foi no dia 05.03 para São Luis do Maranhão. No dia 12.03 chegou em São Luis e só no dia 17.03.2007 foi encaminhada para Brasília e ainda não foi entregue ao destinatário. Se ela voltar com a observação “NÃO PROCURADA”, vou dar notícia neste espaço.



Outro exemplo, em janeiro de 2007, mandei de Palmas para a Universidade Católica de Salvador, vários livros como “ENCOMENDA NORMAL”. Como a Universidade, por qualquer razão, não foi buscar no Correio, as encomendas voltaram no dia 14.03.2007(3 meses depois), com a observação costumeira “NÃO PROCURADO”. Pois bem, no dia 15.03.2007, fiz novos pacotes e mandei como SEDEX, sob o número SR623699278BR. No outro dia 16.03.2007, o site do Correio já anunciava: “ENTREGUE”.



Como é que pode? Durante 3 meses, o Correio não teve a coragem de pedir a um carteiro para entregar a encomenda de dois quilos na Universidade e preferiu gastar dinheiro para mandá-la de volta de Salvador a Palmas. Faltou um gerente sensível às necessidades das ditas bibliotecas.



Meus amigos, são livros que estão sendo enviados gratuitamente para Bibliotecas. Não é possível que o Correio continue prestando esse “DESERVIÇO” às Bibliotecas, impedindo a chegada de livros gratuitos.



Fica, portanto o apelo, para que os CORREIOS mudem a política de satisfação do cliente e passem a entregar a ENCOMENDA ou o IMPRESSO, no endereço indicado e deixem de mandar “Aviso”, especialmente, quando a encomenda não pesa mais do que 3(três) quilos. Mas isto depende de gerentes sensíveis à vida cultural e às necessidades das pobres bibliotecas.







*Mário Ribeiro Martins

é Procurador de Justiça e Escritor.

(mariormartins@hotmail.com)

Fone: (063)99779311 (063) 3215 44 96

Caixa Postal, 90, Palmas, Tocantins, 77001-970.

www.mariomartins.com.br

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