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Artigos-->Quanto de importância damos à cultura? -- 18/03/2007 - 21:32 (L. Stella Mello) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


O que representará realmente a cultura para o nosso país?

Que força estranha é esta que impede a sua propagação através deste nosso imenso território, onde sabemos, existem inúmeros setores preocupados (e ocupados) em levar esclarecimentos para as populações carentes, estendendo diversas formas de conhecimento, tanto para crianças quanto para adultos, minimizando a sua mísera condição com formas de artesanato utilizando objetos descartáveis, dando-lhes condição de sobrevivência e esperança através de trabalho criativo?!

Esse trabalho é uma digna forma de tirar a população da extrema pobreza para ganhar seu sustento e ter sua dignidade restabelecida.

Enquanto isso, nos centros urbanos, cuja população tem algum poder aquisitivo, cidades onde existem escolas municipais, estaduais, e mesmo universidades, centros de saúde e hospitais, há uma luta para se conseguir espaço para desenvolver a Cultura, principalmente com as Letras e as Artes. Precisa-se de patrocínio, o que é muito difícil porque não traz retorno, não é comercial, portanto sempre está fora dos planos dos investidores. Difícil conseguir um espaço na mídia para divulgação. As galerias de arte desapareceram, os artistas estão expondo em supermercados, em shoppings ou nas praças públicas, quando conseguem permissão.

Infelizmente vivemos a Era Comercial, basta abrirmos os jornais. Além das páginas próprias para os anúncios de compra e venda, as notícias giram em torno de escândalos, de promoção de músicas, muitas delas de qualidade duvidosa, e das páginas sociais, que variam de jornal para jornal, de revista para revista, mostrando a vida particular dos artistas da Tv ou cinema, dos nomes mais destacados na sociedade, seja por posses materiais, por eventos programados, por freqüência em clubes, indo até os mais novos proprietários de lojas de roupas ou de restaurantes.

Vivemos em torno do TER, do APARECER, da MODA, dos HÁBITOS! Enfim, do STATUS! E lá estão as últimas dicas da moda, exibindo as roupas que “devem” ser usadas, o dia-a-dia de “alguém importante”, do troca-troca de companheiros, tudo em páginas coloridas, trazendo as mais “sensacionais notas de interesse público”. Tudo um tremendo vazio de conteúdo! Temos programação no país que são datas sagradas: carnaval, futebol, festas comemorativas desde homenagens até as datas religiosas. Dia das mães, dia de Tiradentes, do descobrimento do Brasil, da bandeira, etc, etc... Tudo isto estaria certo se as “coisas” mais necessárias também fossem praticadas, como educação nas escolas, no trânsito, no atendimento ao público, nas boas maneiras, no trato com os mais velhos, o respeito com as crianças, com os deficientes, o costume de se descartar lixo nas ruas - responsável pelas enchentes em dias de chuva com a obstrução dos bueiros. A pressa, a impaciência no trânsito, principalmente nos semáforos, quando acionam as buzinas mal aberto o sinal. Tudo uma grande falta de educação, a mais elementar delas.

E a CULTURA realmente, onde fica?

Há uma ordem generalizada de se falar errado, das gírias, o uso de palavras estrangeiras empregadas a todo momento. O que estão fazendo com nosso idioma? Como poderemos ser respeitados pelos outros países se nós mesmos não nos respeitamos? Devemos conhecer e falar outros idiomas, isso faz parte da cultura, mas daí a empregá-los sempre em qualquer bate-papo vai uma grande diferença!

Temos o dever, como brasileiros, de preservar o que é nosso! Enriquecer-nos em conhecimento, sim, mas não trocá-lo pelo que vem “de fora”. Temos um patrimônio a zelar em todos os sentidos. Nosso país é novo se comparado com os outros do velho continente. Mas já está alicerçada a nossa cultura, a nossa individualidade, o que foi feito com a coragem e o sangue de nossos antecessores.

Cabe a nós, agora, prosseguir com essa caminhada. Acompanhar o progresso, mas sem perder o sentido como povo, como nação.

Afinal, somos brasileiros ou vamos continuar sendo vistos como imitadores, macacos?!

Então, que os responsáveis pelos setores da Cultura, abram os olhos e vejam o Brasil novo que dia-a-dia vai se apresentando. Adiantamos em Ciências e Tecnologia, a nossa área agrícola tem resposta para os vários problemas no setor; nossas indústrias são competitivas. Mas, precisamos não esquecer que temos Academias de Letras, de Ciências, de História e de Artes. Ali estão grandes escritores e poetas como os que tivemos no passado. E temos também grandes pintores, escultores, gravadores marcando o momento no país. Nem só no esporte o Brasil aparece. Atentem para as Letras e as Artes, essa é uma elite que precisa ser preservada, divulgada. É preciso cultivar o hábito de ler bons livros, não apenas os best-sellers. Os grandes escritores como os grandes artistas são eternos. De boa leitura saem bons escritores. A desenvoltura da linguagem, a correção, o vocabulário extenso e primoroso permitem uma leitura agradável com assuntos interessantes, enriquecedores.

Vamos valorizar o que é nosso. Nosso povo é criativo, nossa arte é bela, nossa alma é musical, nossos letristas são grandes poetas. O Brasil tem grandes escritores, vamos levar os livros para as escolas, vamos conversar com os alunos sobre a razão de se escrever, a importância que os livros têm para o seu crescimento em conhecimento!

Ler é crescer! É ter idéias, formular questionamentos, obter respostas, analisando aquilo que se lê para escrever a sua parte na nossa história!



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L. STELLA MELLO autora do Romance EULÁLIA

lstellamello@uol.com.br

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