Não gosto do Presidente Bush! Definitivamente não gosto!
Entretanto, a vinda dele ao Brasil não significa que devamos ser hostis e maldosos. Até mesmo por educação é necessário que não deixemos que as paixões e influências político-partidárias possam ultrapassar as barreiras da ordem. Considero quaisquer passeatas rancorosas um péssimo exemplo de civilidade. O desconforto e as mudanças na vida dos habitantes da cidade de São Paulo foram inevitáveis. Sabedores da impopularidade e dos desafetos que o Presidente Bush tem em todo o mundo, como recebê-lo no Brasil? Não teríamos que nos precaver? Não podíamos nos aventurar a criar um problema diplomático permitindo, que apesar da sua própria segurança, um possível atentado viesse a acontecer em terras brasileiras.
O que ele veio fazer? Todos nós sabemos que ele não veio nos favorecer em nada!
Os interesses com a tecnologia do etanol e o interesse dos americanos em aumentar os contratos comerciais é uma nuvem de fumaça para encobrir os interesses políticos de sua pretensiosa tutela. As conversas de interesses comerciais bilaterais são engodos que não convencem nem mesmo aos índios de nosso país.
Infelizmente não podemos acreditar em um homem que é nefasto e odiado por suas atitudes políticas em querer dominar o mundo através da insanidade de suas idéias de “vencer pela força”.
Entretanto, precisamos respeitá-lo como Presidente do país mais desenvolvido do mundo. Não podemos fechar as portas diplomáticas e pensar que somos auto-suficientes para viver sem uma relação comércio/tecnológica com o país economicamente mais rico e mais consumista.
Precisamos crescer, pois ainda pequenos, somos emergentes. É bom que saibam os menos esclarecidos, que os Estados Unidos é a porta de entrada para conseguirmos nos tornar um país desenvolvido e de primeiro mundo. São eles ainda os que nos oferecem tecnologia e possibilitam o nosso desenvolvimento. Os países europeus são fechados em transferência de tecnologia e mantém os seus mercados subsidiados impossibilitando um comércio bilateral interessante. Infelizmente, “é melhor negociar com os americanos do que com os países europeus ou acreditar nos inconfiáveis governos da Venezuela e Bolívia”.
Espero que o Presidente Lula não se deixe enganar, e, que o seu “Anjo da Guarda” esteja de plantão para saber o que é “realmente bom para o Brasil”.
Aos militantes extremistas e pouco conhecedores dos verdadeiros fundamentos políticos deixo o meu desagrado e continuo pensando, que somente pelo diálogo é que se constrói uma verdadeira democracia. Aos agitadores e revolucionários a minha repudia e indignação.
Não é necessário fazer passeatas para intimidar o Bush, mas podemos e devemos fazer atos cívicos para melhorar a segurança pública, educação, saúde, saneamento básico, transportes e outros tantos problemas que vivemos em nosso país. Tudo isso pode ser feito sem descontrole emocional e sem causar danos ao patrimônio público e privado.