As sociedades organizaram-se e tornaram-se cada vez mais sofisticadas, imitando, com extrema perfeição, o mundo criado por Monteiro Lobato, em "O Presidente Negro", e o orweliano, em "1984", a ponto de viverem os seres humanos encurralados na prisão invisível, ou ironicamente mais que visível, criada pela moderna tecnologia, sem sequer poder respirar livremente ou amar, longe dos olhos e ouvidos dos sensores, espiões amaldiçoados que maculam a beleza da vida e a liberdade, tudo por amor à segurança e, pasmem, à bisbilhotice de estadistas e Estados totalitários, sob a fachada democrática, tão a gosto de ditadores travestidos de democratas.
Os homens passaram a ser prisioneiros de si mesmo e do medo.
É a vergonha da criação. |