Usina de Letras
Usina de Letras
121 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62186 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10449)

Cronicas (22533)

Discursos (3238)

Ensaios - (10351)

Erótico (13567)

Frases (50586)

Humor (20028)

Infantil (5426)

Infanto Juvenil (4759)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140793)

Redação (3302)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1959)

Textos Religiosos/Sermões (6184)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Artigos-->LEGALIZAÇÃO DAS DROGAS - Uma Idéia Macabra -- 08/03/2007 - 08:36 (José Virgolino de Alencar) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


O Governador do Estado do Rio de Janeiro, acuado pela violência e pela força do crime organizado, lança uma idéia estapafúrdia, propondo abrir a discussão sobre a legalização e liberação do uso das drogas leves, como se houvesse qualquer grau de leveza no consumo e no vício de drogas. Qualquer entorpecente, alucinógeno, estimulante e assemelhado é, na primeira dose, no primeiro trago ou no primeiro contato, a porta de entrada para o escuro túnel da dependência química, túnel cuja luz situa-se num final pra lá de remoto.



A droga, além de produto proibido e da sua forte estrutura criminosa, inocula na mente e na alma do consumidor um vírus diabólico que transforma o ser humano em bicho inumano, destruindo os seus sentimentos. O traficante não só comercializa uma mercadoria clandestina, pelos escaninhos da ilegalidade. Na realidade, ele vende uma ilusão diluída através da fumaça de um aparentemente inofensivo cigarro de maconha.



O primeiro trago é o primeiro passo da caminhada na via sem retorno rumo à destruição da personalidade, da identidade, da estrutura emocional da pessoa, principalmente do adolescente que se ilude fácil pelo prazer imediato que a droga enganosamente proporciona. Daí em diante, começa uma quebra do adolescente na relação com a família, com a escola, com a sociedade, descuidando-se da saúde, perdendo a auto-estima, distanciando-se dos amigos que não curtem o barato, adquirindo uma estranha atração pela reclusão e, paradoxalmente, pelo barulho de sons infernais, numa atitude de provocação e de rebeldia sem causa.



As amizades, os grupos e galeras, com esquisitos comportamentos, mas com características próprias e bem definidas, passam a ser a nova tribo, cercada por figuras de semblantes nitidamente suspeitos, coisas que atraem os adolescentes e jovens, jogando-os de encontro aos costumes familiares, afastando-os do convívio do lar. Instala-se o conflito, de difícil administração, de complexa condução, assustador, deixando o ambiente familiar e social desarticulado, desnorteado, sem paz e harmonia.



Só quem enfrentou tal drama ou conviveu com pessoas que o enfrentaram, só quem ouviu os relatos e as histórias chocantes dos que se defrontaram e sentiram na carne o problema, somente essas pessoas, e são muitas no mundo, podem dar amostras da dimensão da tragédia causada por um adolescente ou jovem que um dia, displicentemente, deu uma tragada num cigarro de maconha. O trago puxou outro, o outro exigiu mais tragos, cada trago cobrando uma dose mais potente, empurrando o agora viciado para a cocaína, heroína, crack, ecstazy(ou êxtase), e quando o dinheiro falta, para a degradação do cheiro da cola. Diante da necessidade de fazer dinheiro, não interessa o meio, para adquirir o produto do vício, dá mais um passo e entra definitivamente na perigosa senda da criminalidade.



Isso é um contexto degradante, dantesco, que desejam legalizar, implantando ou plantando no meio social a semente de um mundo satânico, transformando isso aqui no inferno, já não sendo nem mais necessário morrer em pecado para ir viver com Lúcifer. Em vida, começará a ser parceiro do capeta e a arrebanhar adeptos para a seita e seu macabro tabernáculo.



Assim, foi infeliz, extemporânea e até perigosa a idéia verberada por Sérgio Cabral, lançando dúvidas sobre seu Governo mal iniciado. Fazendo eco, vem o Deputado Federal Fernando Gabeira, conhecido adepto e defensor dessas seitas anticonvencionais e recebendo gás do Governador do Rio, queimando lenha e soltando fumaça num tema de sua velha predileção. O Deputado Gabeira e sua trajetória não costumam respeitar a sua própria cozinha, não vamos então esperar que ele tenha respeito por nossa sala familiar.



Essa inominável tragédia derrocadora da estrutura da família e da harmonia social deve ser rejeitada in limine, recomendando o bom-senso que nem entre em pauta o infame item da legalização das drogas. O que deve ser pautada é a união da sociedade, dos governos, das instituições sérias, para combater cerradamente o crime, o tráfico, a bandidagem que domina os feudos da produção e da distribuição de drogas, tentando, sim, esfacelar o poder paralelo, ousado e acintoso dos chefões do tráfico, seus asseclas, acólitos, serviçais e comparsas infiltrados até nas áreas institucionais, no aparelho formal do Estado.



Não há outro caminho. Como a saúva, ou acabamos com as drogas ou as drogas acabam com o mundo.





Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui