O PSDB em Piracicaba é um fracasso total; uma lástima. A peso de muito ouro mantém alguns formadores de opinião sob rédeas curtas. Mas o governo de Barjas Negri, por mais que publique o contrário nos jornais é medíocre, bastante fraco.
As acusações contra o prefeito ainda não foram elucidadas. Barjas Negri nega sua participação no escândalo das sanguessugas, mas os Vedoin são enfáticos ao apontá-lo como integrante do esquema que superfaturava ambulâncias, no tempo em que ele era ainda ministro de FHC.
Uma derrapada comprometedora nesse curso louco de gerenciamento bobo mostra a fragilidade administrativa quando, por exemplo, firmou contrato em março de 2005 com a União Espírita de Piracicaba.
A administração pagaria à entidade R$ 225.000 por ano e ainda forneceria os serviços de psicólogos, médicos, assistentes sociais, terapeutas e educadores.
Em troca a União Espiritual teria que “atingir” (o verbo é esse mesmo) 50 crianças e jovens entre nove e 15 anos, tirando-os dos cruzamentos onde fazem malabarismo.
O comprometimento da administração onera a prefeitura em R$ 18.750,00 mensais e paga ainda os salários de todo o pessoal técnico. A pergunta é: se a administração dá o dinheiro, paga os salários dos profissionais mencionados, com quê a outra parte justifica sua participação no contrato? Ou: o que faz a União Espiritual?
Se loca suas instalações há de se convir, não resta a menor dúvida, que o preço do aluguel excede.
O asfalto com que a administração recobre os paralelepípedos da rua João Sampaio, logo após a avenida Independência, é de péssima qualidade. Mal começou a receber o fluxo de veículos e a massa compacta já dá sinais de que não resistirá por muito tempo. Recebendo o peso no centro, as bordas do asfaltamento elevam-se na linha das sarjetas.
Piracicaba é uma das cidades que não consegue controlar o crime. De forma assustadora os homicídios no município cresceram; é difícil exigir o cumprimento das leis. De nada adiantam queixas, reclamações ou pedidos.
Milhares de reais foram gastos na compra de câmeras filmadoras e outro tanto dispendidos na instalação de um programa voyeur que de forma alguma inibirá a prática delituosa.
É necessário a esse governo municipal provar que os Vedoin mentem quando afirmam que Abel Pereira (empresário financiador da campanha do Barjas Negri e vencedor de 37 licitações de obras públicas na cidade desde 2005) não recebia 6,5% das verbas liberadas pelo ministério da saúde para a aquisição de ambulâncias.
No SAF (serviço de Anexo Fiscal) do poder judiciário pode-se encontrar milhares de pedidos de execuções fiscais ajuizados pela administração, completamente inertes.
Sem provocação da parte interessada os processos não andam. Sabe o meu digno leitor o que isso significa? Isso mostra que quase ninguém paga imposto na cidade. E o que é pior: a administração não se esforça na cobrança.
Não há como negar o soar falso dos elogios. A administração é tímida, esquisita e ineficaz.