Você guardou com cuidado
minha estrofe irrefletida,
pois, fez cordel em meu nome,
como pessoa querida;
e, agora, vem com coice,
pois, a gentileza foi-se,
como vai tudo na vida...
Quem lê hoje o Fiuzinha,
vê que o erro foi dos dois,
mas, quem atacou primeiro
foi ele; e o fiz depois,
em legítima defesa,
porquanto, na safadeza,
digo-lhe: "sou o que sois!"
Agora, vamos às trovas
e vejam que a do rival
peca pelo conteúdo
e pela forma, afinal:
- é uma fraca quadrinha,
de quem já perdeu a linha
e só quer é fazer mal.
Eis o primeiro pecado:
o dizer que nada tenho
em matéria de poesia,
é afirmação que desdenho
e provo, mesmo, o contrário,
dando a lista de um rosário
de medalhas que detenho.
Em segundo, o "qu´ele" é arcaico,
pois, no "que ele" a junção
o apóstrofo dispensa.
E achei fraco, também,
a rima "tem" com "vintém"
e não haver a presença
de outra rima - a amarração.
Já quanto à minha: atenção:
- tem da antítese a figura,
constante do "tudo" e "nada",
e, se não é uma lindura,
uma trova aprimorada,
frente à dele, antes descrita,
é melhor e mais bonita
- ganha sendo comparada! |