LEGENDAS |
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Poesias-->Síndrome da Espera -- 08/07/2002 - 18:00 (Sylvia Mancini) |
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Passo ao lado do telefone,
dou de ombros e nem olho,
faço pouco, desacato
finjo que nada me intimida
muito menos o teu silêncio.
Pego a bolsa e saio distraída
ainda tento indiferença:
como é mesmo o nome dele?
Isso é tudo que consigo
disfarces, estratégias de sobrevivência
Fecho a porta e atravesso a rua
já sem nenhuma observância
como fora ao teu encontro
Nada importa, ninguém me observa
eis-me aqui, novamente perdida.
Continuo o meu caminho
em robóticos movimentos de avanço
e articulações caóticas no pensamento
percebo minha chegada
pelo cheiro do elevador.
Entro no meu quarto e reconheço
eu e ele desordenados
tal como quando nos despedimos.
Deito-me e cumpro a sina:
ao lado do telefone adormeço.
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