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Cartas-->Meus Caminhos -- 07/07/2002 - 11:57 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
MEUS CAMINHOS
(Domingos Oliveira Medeiros)

A Vida, para mim, são caminhos. Viver é, pois, caminhar. Um eterno ir e vir. Para todos os lados e de todos os lados. É, também, um eterno cair e levantar. E um constante dormir e acordar, que termina num ir sem volta. Vários são os caminhos e duas são as estradas. A estrada dos homem e a outra estrada. Uma, material; outra, espiritual.

A estrada do homem é, geralmente, cheia de atrativos. E tem muitos atalhos. E muitas opções. E muitas facilidades. Mas, geralmente, é mal sinalizada, cheia de curvas perigosa, com pontes e precipícios; não se pode confiar nas placas de sinalização; às vezes, há trechos da estrada cobertos de neblina, o que a torna escorregadia e exige maior atenção dos que nela transitam. Há, entre os usuários dessa estrada, algo em comum: o desejo de ser feliz e a ânsia ou a pressa de chegar, carregando um desejo sutilmente escondido por uma falsa sensação de liberdade. Liberdade que é sempre finita e passageira. Uma falsa liberdade. Mas que encanta, apesar de tudo.

Corre-se muito nesta estrada. E tudo por conta de uma pressa de viver. Há, para encurtar os caminhos, muitos atalhos; e há retornos, também; retorno para quem resolve tomar outro rumo. Atalhos e retornos, muitas vezes, que levam e trazem as pessoas para os mesmos lugares. Poucos, entretanto, são os que se arriscam a mudar de estrada. A fazer um retorno de consciência. E mudar de caminho.

É esse mistério e essas dúvidas que assustam as pessoas. Mais os incrédulos e os caçadores de prazeres fáceis. Mas esta outra estrada existe. A bem da verdade, desde o início do mundo. É uma estrada velha e, de certa forma, conhecida. Sabe-se que nela o dirigir é devagar. Há muitos trechos de chão batido. Como há anos.

Nela só é possível trafegar em baixa velocidade. Velocidade suficiente, entretanto, que permite admirar a paisagem, e toda a sua beleza, em todos os seus detalhes. Sem correrias; sem pressa de chegar. E talvez por isso muitos desistam de arriscar a viagem.

Quem haveria de ter tempo e interesse para olhar as matas, os rios e riachos que passam pelas janelas dos carros? Quem poderia ter paciência e curiosidade em relação aos mistérios e aos segredos daquela casinha pendurada lá no alto da montanha. Ou naquela outra, mais adiante, enterrada lá embaixo, no vale verde, cercado de por currais. Com muitas plantas e muitos animais. Que se servem dos pastos. Quem haveria de morar num lugar desses? Como se pode viver num local tão sem vida, diria alguns viajantes. Um local afastado de tudo e de todos. Onde o que se escuta é o silêncio que incomoda. É o barulho do vento e dos galhos que se movem..

Realmente, trata-se de uma estrada muito antiga, como dissemos, e com poucos atrativos para quem tem pressa de viver “intensamente” , cada momento da vida. Uma estrada quase que abandonada. Poucas são as pessoas que ousariam tanta aventura. Um caminho reto, aparentemente estático, sem a dinâmica das curvas, que sempre surpreende aos que gostam de emoções fortes. Mas aqui, nesta estrada, não se trata de pressa para chegar. O que se exige é muita atenção, muita fé e perseverança.

É uma estrada que não tem fim. Por isso, ou principalmente por isso, as pessoas, desistem de seguir por ela. Às vezes, desistem do no meio do caminho. Têm medo, ou não estão preparados para o que possa encontrar pela frente. Mas sempre há os que acreditam. Que vão em frente. Os que sentem a necessidade de trocar de estrada.

E assim completam um novo percurso. E nos trazem notícias. Notícias que nos chegam através dos tempos. Através da tradição da palavra sagrada. Dos escritos bíblicos. Palavras que são renovadas pelos que aqui se incumbiram de divulgar o roteiro traçado por Deus para esta estrada. Palavras que nos trazem as boas novas. Que nos lembram que a estrada é a única que nos levará para a felicidade eterna. E o preço do pedágio é muito mais suave do que o sofrimento a que Cristo se submeteu para nos salvar. E o melhor de tudo: a estrada continua aberta aos interessados. Todas as manhãs ela está aguardando por nós. Basta que arrumemos as malas. Poucas malas. Não há necessidade de muita coisa material. Apenas a fé deve acompanhar-nos.

Domingos Oliveira Medeiros
Repr.. 06 de maio de 2002
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