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Artigos-->POESIA, O QUE É ISTO -- 21/02/2007 - 22:09 (Francisco Miguel de Moura) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
POESIA, O QUE É ISTO?



Francisco Miguel de Moura*



A poesia é a primeira e principal forma (ou fôrma) literária. Antes, todos os grandes livros da humanidade (da Bíblia aos Vedas) foram escritos em poesia, sua sobrevivência está ainda na linguagem bíblica, composta por versículos (pequenos versos). Composta em versos, ao contrário da prosa, a poesia não vai em linha reta até o fim. Verso é quando a linha muda, vai para a seguinte, começando do lado esquerdo. Verso é o outro lado. Figuradamente é também a outra maneira de expressão do homem e do mundo. A poesia faz bem à alma, ao espírito. Porque me têm perguntado constantemente o seu significado e para que serve, explico: – Do ponto de vista prático, a poesia não serve pra nada, daí por que os poetas são tidos como pessoas anormais. Eles sentem acima do normal, preocupam-se com o que o homem comum não se preocupa. Este pode até admirar a natureza, um jardim florido, artes como dança e a música, gostar do céu, do sol, da lua e das estrelas, sem saber o que são e para que servem. São atitudes poéticas, o homem comum pára por aí. Nós, os poetas, vamos à língua, como expressar melhor esses e outros sentimentos mais fundos, como transmiti-los no seu mais alto grau e com o menor número de palavras, dentro da língua padrão e até extrapolando-a gramaticalmente pela chamada licença poética. Dessa forma, o poeta contribui para a renovação da linguagem e para uma melhor comunicação emotiva, que pode parecer ilógica e não objetiva, tanto quanto mais se eleva em emoção e sentimento. No fundo, consagra aquele adágio de que “o coração tem razões que a própria razão desconhece”.

– Ah, mas poesia é difícil de ser entendida. Se fosse a música popular, ainda, ainda – alguns arriscarão a objetar-nos.

– Sim, certamente, na poesia e na música populares (falo nas letras apenas) encontram-se imagens que são poéticas e só. Se essas letras são feitas por um Caetano Veloso, Chico Buarque, Torquato Neto, tudo bem. Mas não se pense que todas as composições da música popular são necessariamente poesia. A poesia está ali por exceção. Outra coisa: por melhores que sejam os versos de um compositor, quando passam para a música já não são mais poesia, são música. E se se baseiam em poema de poeta-escritor, esses versos são adaptados ao ritmo da música. O ritmo, a sonoridade, o acento tônico, as imagens do escritor são diferentes e muito mais bem criadas e recriadas.

Numa classificação geral, a poesia pode ser épica, lírica ou satírica. Dentro dessa classificação, aparecem, atualmente com freqüência, as seguintes formas fixas líricas: o soneto, a trova, o haicai, as sextilhas e décimas, as odes e os epigramas, os epitalâmios e vilancetes, etc. Se o poema é livre na estrofação, nas rimas e na métrica chama-se moderno. Mas nós, os poetas clássicos, só admitimos como prova de que o candidato a poeta já o é, se for capaz de fazer um soneto razoavelmente bom. No entanto, a poesia não se detém apenas na forma: sem conteúdo, simbologia e imagens, não haverá poesia. Todo poema, mesmo o moderno, possui sua chave de ouro, termina brilhantemente bem, como fizeram os grandes poetas Camões, Fernando Pessoa, Carlos Drummond de Andrade, Manuel Bandeira, Vinícius de Moraes, Cecília Meireles e tantos outros que não caberiam neste ligeiro artigo. Poesia é a linguagem da emoção e do sentimento, feita para ser, sobretudo, lida e em silêncio. Se o poema for recitado em voz alta, passa a ser meio-teatro, se for cantado é meio-música. Além do livro, revista e jornal, outras formas de divulgação da poesia integral são o cartaz (out-door), os painéis, as exposições, inclusive através de devedês, televisão e internete.

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*Francisco Miguel de Moura, poeta e prosador brasileiro, mora em Teresina, e-mail: franciscomigueldemoura@superig.com.br

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