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Artigos-->A PRÁTICA DA REDAÇÃO -- 19/02/2007 - 13:17 (João Ferreira) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A PRÁTICA DA REDAÇÃO

João Ferreira

18 de fevereiro de 2007



Um tema. Um roteiro. Um texto



Acho prático, para um candidato que pretende fazer um bom texto de redação para vestibular ou para exercícios ou provas de escola, ter um critério para orientar sua ação. Pela experiência que o ofício me deu, diria que pode dar bons resultados esse tríplice caminho acima proposto: um tema, um roteiro, um texto. Ter um tema, pensar sobre o tema criando um roteiro de pensamento e de ação e, finalmente, partir para a redação do texto, eis uma boa maneira de encarar a hora de redigir um texto.



I – UM TEMA

Vamos supor que um candidato ao vestibular de uma Faculdade recebeu para tema de redação a seguinte proposta:” Uma jovem de 19 anos foi convidada para uma entrevista afim de assumir o emprego de recepcionista numa empresa de médio porte situada no Setor de Indústria do DF. A empresa pediu-lhe que levasse para a entrevista os seguintes documentos: uma fotocópia de sua identidade; prova de experiência na área para a qual era candidata; e uma carta dirigida à direção da empresa manifestando quanto pretendia ganhar na função.- Com base nestes dados, redija um texto de trinta a trinta e cinco linhas”.



II – UM ROTEIRO. UMA FORMA DE PREPARAR A ELABORAÇÃO DO TEXTO



Esse candidato,depois do primeiro impacto de ansiedade com que leu a pauta do tema, lembrou o conselho de um de seus mestres que defendia ser de muita utilidade prática a elaboração de um esquema prévio ou roteiro para sua redação.

Pegou por isso a proposta de redação que tinha para desenvolver, concentrou-se e verificou que havia várias coisas que poderiam ser desenvolvidas. 1.Lembrou, primeiro, que a jovem ia ser entrevistada. E que para tal, havia toda a conveniência de ela se apresentar espertinha para ganhar pontos. 2. Além de se apresentar espertinha, tinha de resolver dois probleminhas, ambos delicados. 3. O primeiro deles era mostrar na entrevista que tinha uma certa experiência de recepcionista, mesmo que não o pudesse demonstrar rigorosamente ou oficialmente. 4. O segundo item era o do salário. A empresa convidava-a a apresentar uma proposta. Era um ponto delicado que merecia bastante habilidade durante a entrevista. 5. Face a estes pressupostos, o candidato tinha como construir um roteiro válido para poder conduzir ordenadamente o discurso que iria apresentar em sua redação.



III- UM TEXTO



Chegamos ao momento em que temos um vestibulando com esse tema da candidata a recepcionista. Tem a folha que a Faculdade lhe entregou, bem diante dos olhos. Está bem concentrado, e com vontade de buscar o melhor caminho para se sair bem. Está agora refletindo sobre o tema, e pronto para escrever. Já ponderou e descobriu vários ângulos possíveis que podem entrar como elementos de seu discurso. Escreveu tudo o que lhe veio à cabeça no papel. Tem vários ângulos possíveis. Agora, é hora de atender a alguns aspectos selecionados, só os mais importantes. São esses os que vai aproveitar na redação. Já planejou. Não tem tempo a perder. De plano na mão, vai partir para a escrita, desta vez bastante confiante. Tem que escrever um texto dissertativo, como é norma, nas redações de vestibular, de 30 a 35 linhas.



Texto integral da redação



UMA JOVEM COMPARECE A UMA ENTREVISTA

PARA RECEPCIONISTA



Susana foi convocada, à última hora, para uma entrevista. A empresa que a convocava era do ramo das telecomunicações e estava sediada no setor de indústria, na capital federal.

Tomou um banho para garantir melhor apresentação e restaurar sua boa disposição e, cinco minutos antes das nove da manhã, já estava na chefia de recursos humanos da empresa que a convocou, no setor de indústria. Bem arrumada, animada e esperta, a candidata entrou na sala indicada para as entrevistas e impressionou a entrevistadora pela pontualidade e pelo aprumo e mostras de decisão que a animavam.

Gentilmente cumprimentou a entrevistadora e, ato contínuo, respondeu a todas as perguntas que lhe foram dirigidas. Explicou a razão porque se candidatara ao emprego. Precisava de trabalhar, e tinha uma simpatia especial pela função de recepcionista. Havia dois anos que freqüentava o escritório de uma empresa, ali no SIA, onde trabalhava Catarina, uma amiga que era recepcionista. Sempre vinha ali. Atenta, Susana observava todas as ações da amiga, desde o tom de voz e maneira gentil e cuidadosa com que recebia os clientes, até ao zelo pela agenda do chefe e ao atendimento dos telefones. Susana aprendeu rapidamente o que era preciso saber nessa função de recepcionista.

Quanto ao seu salário, manifestou à entrevistadora que, pelo que sabia, a empresa era idônea e tinha grande experiência em termos de política de pessoal e justiça social, já que a toda a hora analisava diferentes demandas salariais de seus empregados. Aceitaria o salário inicial oferecido pela empresa e sugeria que um ano depois, após a primeira experiência, a empresa a convocasse para discutirem, juntos, um salário mais apropriado."



AVALIAÇÃO DO TEXTO



O texto apresentado pelo candidato caracteriza-se pela distribuição lógica das idéias, pela coesão do texto, pela boa divisão por parágrafos e pela pontuação correta. Esses aspectos sobressaem como um bom exemplo dado por um jovem que se aplicou com sucesso na produção de seu texto. Tem um título e o texto se desenvolve através de uma estrutura que vai desde os períodos iniciais que podem ser considerados como uma introdução, prossegue desenhando um miolo que pode ser considerado um desenvolvimento temático e termina, finalizando, mostrando, a título de conclusão, o término da escrita.





Bibliografia Básica que você pode consultar ainda sobre os bons princípios da redação



ERNANI & NICOLI. Redação para o 2º grau. Pensando, lendo e escrevendo. São Paulo: Editora Scipione, 1996.

PEREIRA, Gil Carlos. A Palavra. Expressão e criatividade. São Paulo: Editora Moderna, 1997.

FOLHA DE SÃO PAULO. Manual de Redação. São Paulo: Publifolha, 2005.

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