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Artigos-->Apenas um desabafo -- 15/02/2007 - 14:15 (Maria Augusta Camargo Schimidt) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Certa vez escrevi um artigo, indignada com a situação do casal morto em Embu. Não demorou muito e a historia se repete. Novamente estamos preocupados com o aumento da pena para menores infratores. O tempo passou outros crimes aconteceram, aliás, não param de acontecer, e nada mudou. E hoje, vejo novamente a população reunida pedindo justiça. Mas que justiça? Justiça pra uns que a mídia declara e os outros??? Os tantos outros que acontecem todos os dias e cada vez mais!!! Não sou insensível, senti na pele a dor da mãe do João Hélio, senti meu coração doer muito, pois também sou mãe. Mãe de filhos meus, de filhos dos outros e também sou avó.



Transcrevo aqui abaixo, o meu artigo acima citado para que relembrem ou quem não sabe tome conhecimento de que a situação continua a mesma. Nada mudou... E pior que isso, nada mudará enquanto não se fizer algo pelas nossas crianças, pois como o outro crime esse também foi praticado por uma quase criança.



É incrível como nós brasileiros temos soluções imediatas para os problemas que nos cercam.

Dias atrás, o Brasil acordou perplexo com a violência com que foram mortos os dois garotos de Embu - Guaçú. Crime divulgado pela mídia incansável, pedindo justiça. Detalhe: será que só este crime merece justiça? E os outros que acontecem e a mídia não divulga? Por que devem ficar no anonimato e cair no esquecimento? Será que não são importantes?

Debates nos programas de TV, vozes exaltadas pedindo a pena de morte, repórteres e políticos decidindo se diminui a idade para o cidadão que pratica delito. Acho engraçado que aqui, o cidadão de 10, 12 anos, pratica crime, mata, estupra e sabe muito bem o que está fazendo; então porque não responder pelo crime? Se teve entendimento para fazer, certamente o terá para responder.

Diante de tanto reboliço, nosso governador, às vésperas da eleição, declara na mídia falada e escrita, que vai pessoalmente ao Congresso para pedir o aumento da idade para o menor infrator. Quer mais 10 anos. Sensacional!!!! Acharam o passe milagroso! O garoto fica 10 anos preso e quando sair, já tem o passaporte para novos crimes, agora com muito mais experiência e com diploma de bandidagem assinado pelo governador e pela sociedade que se cala diante de um absurdo desses.

O Ministro da Educação, diz que essa é uma idéia ruim porque vai favorecer aos ricos ficarem mais tempo na escola. E eu pergunto:

- Que escola?

Será que já não estamos em tempo de parar de fazer política barata e realmente começarmos a nos preocupar com nossas escolas e nossas crianças?

Será que nunca ninguém contou ao senhor governador que se mudarmos o nosso sistema, poderemos evitar esse caos que assola o nosso querido Brasil?

Será que já não é mais do que tempo de começarmos a falar de amor com nossas crianças? Psicólogos, pedagogos, sociólogos, falam bonito, palavras técnicas, propõem oficinas, informática, musica tudo muito cidadão, mas se esquecem de dizer que as crianças precisam ser tratadas com amor independente do meio em que venham.

Salas frias, professores distantes, ensino obrigatório de projetos feitos de acordo com as regras e normas dos PCNs.

Mas e quando é que alguém vai avisar aos professores "projetistas" que só o amor salvará nossas crianças?

De que adianta mantermos escolas equipadas se não temos nela o essencial que é o calor humano?

Nossas crianças saem de favelas, ruelas, vielas, sem roupas, sem alimentos, sem carinho, sem amor e chegam nas "escolas equipadas" e não sabem o que fazer!

Certos professores, e diretores também, jamais se aproximam de alunos sujinhos, jamais permitem que essas crianças lhes toquem, pois "tem muito medo de pegar piolho". Colocam essas crianças dentro da sala de aula, mandam-lhes a primeira cópia do dia e já tem na ponta da língua o repertório de adjetivos usados para dominar a famigerada indisciplina das feras indomadas, marginais mirins, antas da cidade etc, etc. Não gosto nem de pensar...

O que precisamos fazer por nossas crianças é dar-lhes segurança e fazê-los entender que mesmo no mundo deles existem formas de se ver um mundo melhor, que tudo nesta vida pode ser transformado. Basta querer.

Ao invés de sermos professores robôs, meros seres de lata, temos que ser criativos e tirar da Terra a semente que Deus nos deu. O amor.

Se tivermos amor por aquilo que fazemos, teremos a certeza, um dia, do dever cumprido e teremos dado a nossa parcela de contribuição para salvarmos as crianças desse nosso imenso Brasil.

Augusta Schimidt/14/2/2007





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