Usina de Letras
Usina de Letras
159 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62228 )

Cartas ( 21334)

Contos (13263)

Cordel (10450)

Cronicas (22536)

Discursos (3238)

Ensaios - (10364)

Erótico (13569)

Frases (50621)

Humor (20031)

Infantil (5433)

Infanto Juvenil (4767)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140803)

Redação (3305)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6190)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Artigos-->A face mais feia -- 04/11/2001 - 19:03 (maria da graça almeida) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Temores

maria da graça almeida



Não entendo a morte como natural.

Morbidez? E daí? Poucos têm, perfeita,

a saúde mental.

Não convivo bem com a idéia.

Em muitos de meus escritos, ela.

Mesmo se não intencional,

surge como se brotasse de um dedo ferido.

Às vezes, examino minhas mãos

e não encontro nenhuma lesão,

tampouco, o mínimo corte!





A morte

maria da graça almeida



A morte escondida

na lida contida

amordaça a fala,

que inerte se cala.



Na vida há morte,

a morte é feia,

a morte da vida

de vida é cheia!



A morte tão muda

a vida desnuda,

empreende a viagem

com pouca roupagem!



A roupa da morte

já foi colorida,

hoje é fio jogado,

sem renda, ou babado!



A vida da morte

de morte é cheia,

a morte da vida

é morte bem feia.





Mudando de idéia

maria da graça almeida



De tanta idade, que parem o trem,

já sem vaidade, não sigo além.

E lá na estação, afoita, sem porte,

de foice na mão, aguarda-me a morte.



O medo me invade, rejeito a morte,

que temo tal qual a ruga mais forte.

Os sulcos têm jeito, a morte inda não,

não parem o trem na tal estação.



Que siga o trem, já não desço mais;

que, leve, o trem, a dona em paz;

que fique a morte, sem jeito e ação

e, que, desta vez, aguarde-me em vão.





Dores

maria da graça almeida



Pra nascer não sei se dói.

Não me lembro!

Não senti dor ao crescer.

Não me doeu a adolescência,

a maturidade também não,

mas envelhecer dói!

E eu que nem sabia...

Dói na pele, dói nos ossos,

nos cabelos , olhos, dentes,

dói , bem fundo, na memória,

na saúde e resistência.

Morrer, acho que dói,

dependendo da maneira

e, não sendo previsível,

dói-me a hora de sabê-la.





Maria da Graça Almeida

direitos reservados





A ocasião não é boa.

Em face do momento insano,

a matéria deveria ser mais amena.

Não deu.Considerem-na, então,

uma dramática e patética alusão

ao dia 2 de novembro, finados.



Maria da Graça Almeida





















Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui