Há cerca de 6 anos que troco pareceres, tendo estabelecido uma muito interessante e límpida amizade, com uma professora e poetisa brasileira, casada com um professor e mãe de um jovem engenheiro com vinte e poucos anos. Vive em local sob apurada vigilância e lecciona no Rio de Janeiro, sucedendo que tanto ela como o marido já foram vítimas de inopinados assaltos em pleno dia, tendo logrado a sorte, por cedência imediata, de escaparem sem graves maus tratos.
Através dela estou ao corrente de factos que parecem inacreditáveis. Os cariocas vivem em estado de permanente inquietação e temência.
No JN de hoje, confirmando tão nefandos e abomináveis factos, leio que foi criado recentemente um sítio internético exclusivamente destinado à contagem das mortes violentas que dia a dia vão ocorrendo em média impressionante:
http://www.riobodycount.com.br
... algo à guisa de
http://www.iraqbodycount.org
... que já contou no Iraque pelo menos 56 mil mortos desde a invasão ordenada por Mr. Bush.
Refere-se, quanto ao Brasil, que a violência caiu na vulgaridade e a maioria das pessoas não têm bem a noção da enorme tragédia que decorre pertinaz e sem trégua. O problema é de tal complexidade que a Polícia tem de ser ajudada pelo exército para superar as fortes eclosões de criminalidade que sucessiva e frequentemente acontecem. Em pessoa atenta e sensata "não cabe feijão" é o termo.
Ora, em relação a nós portugueses, mais valerá prevenir fortemente desde já algo de insólito ou vai-se deixando andar e depois vê-se o que se há-de fazer, tal como todos os anos os nossos bombeiros e o povo vão afrontando aflitivamente os incêndios?
No Brasil o "fogo pegou" e tragicamente não há meio de cessar por mais água e água que Lula mande deitar em cima. Ladrão molha, seca e de imediato molha outra vez e outra vez...