O hábito de pôr nomes nas coisas pode ser interpretado como uma necessidade psicológica de o homem identificar seus conhecidos e seus amigos para não se perder à toa no mundo. Mas os nomes devem ter nascido também, certamente, como resultado de suas experiências. Não há nomes para o que nunca nenhum homem viu ou experimentou. Os nomes são dados, oriundos do conhecimento do que se viu, tocou, ouviu ou experimentou.
É por isso que o poeta italiano Lorenzo Mullon diz com toda a franqueza e verdade que:
os esquimós
têm sessenta nomes para falar da neve...
mas não têm nenhum para nomear o pó, a poeira...
"Gli esquimesi hanno
sessanta nomi per la neve
nessuno per la polvere".
(Livro: El. Solo i bambini lo sanno. Milano: Edizionidelparco, maggio 2005.)