Se eu fosse da fazenda
E um Jorge eu encontrasse
Usaria o seu cavalo
E espada, sem impasse
Pra galopar entre versos
Buscando direito de autor
Mudaria até de classe
O sol queima nossa pele
E enriquece nossa mente
Ceará e Maranhão
Sempre aliados decentes
Geram homens de todo tipo
Lutadores e andarilhos
Quase sempre inteligente
Jorge tece um cordel
Com um saber imponente
Conhece literatura
Tem nas veias o repente
Tem audácia de sertanejo
Um jeitão de carioca
E antenas de serpente
Parabéns ó caro Jorge
Cê é muito mais que eu
Sabe jogar com as letras
Use o dom que Deus lhe deu
Eu só faço repente pobre
Só enceno nas calçadas
Cê habita o Coliseu