Helena Roseta e Zita Seabra, quanto a mim e em Portugal, são as duas personalidades que melhor e incontornável exemplo dão da inequívoca e molestante partidocracia que submete e paralisa o povo português: uma, ferrenha social-democrata, com uma simplíssima cambalhota, virou socialista, e outra, intrépida comunista irrompendo do silêncio das paredes de vidro vermelho, não teve pejo algum em tomar a previdente chucha laranja da social-democracia.
Helena Roseta, hoje frontal adepta do "corta-e-pronto", de visita ao miserabilismo e à miséria do Bairro do Aleixo, veio ao Porto chamar hipócritas aos "senhores que votam não". Zita Seabra, quiçá alinhada na grande nóia do líder oposicionista que melhor garante a estada de José Sócrates em São Bento, em lugar do "sim" que votaria lado a lado de Jerónimo, talvez vote "não"...
Sem dúvida, o notabilíssimo Marocas tinha e continua a ter razão: só os burros é que não mudam e o sistema está garantidamente sustentado em cerca de 8 milhões deles.