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Artigos-->O choro dos políticos -- 31/01/2007 - 21:22 (João Rios Mendes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Ao final de cada Sessão Legislativa (de quatro em quatro anos) os tapetes do Congresso Nacional são manchados pelas lágrimas dos senadores e deputados que se despedem para assumir outras funções públicas, ou porque não conseguiram se reeleger. Estes se desmancham em lágrimas, certamente saudosistas das amizades, do espaço que tinham para atacar os adversários, das mordomias, da freqüência à alta sociedade, da atenção dos assessores, do paparico dos eleitores etc.



Eles não choram sozinhos. Essas lágrimas são as mesmas dos eleitores, quando nas eleições, vêem que seu candidato foi derrotado. Nessa hora é comum o eleitor colocar-se contra a parede e chamar para si a responsabilidade pelo fracasso do seu candidato. Pelos erros estratégicos, choram os dois – o político e o cabo eleitoral.



A estratégia do eleitor é colocada em prática somente na campanha. A do político é por todo o mandato. Uma das estratégias mais eficientes para o político é ele caminhar junto com o eleitor ao longo do mandato. Se assim não fizer, provavelmente na eleição seguinte o eleitor caminhará com outro candidato.



Ao contrário do que pensam muitos políticos, o mandato não é só deles. É também do eleitor. Por isso, o eleitor insiste tanto em participar do mandato ajudando nas decisões políticas e dando sugestões de leis.



Ao longo do mandato, o político tem várias chances de chamar o eleitor para junto de si, mas não o faz pensando que ele (político) é o patrão. Somente na eleição, o eleitor é chamado a opinar, aí nesse dia ele mostra que o patrão é ele.



O eleitor pede pouco, apenas melhoria de vida. O político, esse sim, pede muito. A vida política, econômica e juridicamente dele já é melhor que a do eleitor, mas ele quer mais, quer poder e status, quer um busto de bronze, uma rua ou uma lei com o seu nome.



Alguns políticos esquecem que ao longo do mandato quem chorou foi o eleitor querendo se aproximar deles, ser apenas cumprimentado e recebido no gabinete por uns “dois minutinhos” – como costumam dizer. Ao longo do mandato, o eleitor deu várias chances de o político chamá-lo para junto de si. No dia da eleição, o político só tem uma única chance de ser chamado para junto do eleitor, se perdê-la, só lhe resta chorar a derrota. Durante o mandato o político riu, passeou e tomou decisões sozinho, foi recebido por altas autoridades e freqüentou a alta sociedade. O eleitor não foi chamado para essa festa. Como pode o eleitor ser obrigado (o voto é obrigatório) a botar alguém na festa e ele mesmo ficar de fora?

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