Quando há 198 anos Charles Robert Darwin nasceu, em Shrewsbury-Inglaterra a 12 de Fevereiro de 1809, tinha dois impositivos âmbitos a dominar-lhe a atmosfera racional onde haveria incontornavelmente de integrar-se: a Bíblia, dogma milenar e tremendo repositório de factos implantados em ego endeusado, e a Vida, este-instante-real em permanente compaginação.
Ao cabo de 73 anos, após haver concluído que o distinto ser humano que representou ao longo da sua existência era tão-só um mero estado de passagem biológica, finou-se a 19 de Abril de 1882 em Downe - Kent. Os seus concidadãos, reconhecendo-lhe os invulgares méritos de investigador-pensador, enterraram-no na abadia Westminster, lado a lado com cérebros de idêntica craveira e sob a abóboda que em pedra presume acobertar o que de mais notável houve e há em inteligência e raciocínio humano colectivo.
Porque me ocorre citar e colocar Darwin aqui no Fórum JN neste momento? Considero que a vida hodierna é uma sala plena de luz às escuras. É surpreendente como no meio de tanta claridade humana há tantos-e-tantos indivíduos em propositado e perverso confronto. Casos há que não têm pejo algum em martelar e escaqueirar estupidamente os interruptores disponíveis.
Santinho, entre a Hidra e o símio de Darwin, em 2007, sinto o desejo enorme de me escapulir para uma terra negra-negra onde só porventura existissem iguanas e tartarugas. De resto, quantos-e-quantos como eu sentiram e sentem o mesmo aliviante sintoma?
Que "triste-sem-saber" será rebentar estupidamente com um botão a um casaco e depois tentar segurá-lo com um pedacinho de arame, reentrando pela porta das traseiras no outro dia?...