A Emenda Constitucional que introduziu a reeleição, em todos os níveis, continua sendo absurda e não devia prosperar por mais tempo. A alegação de que um mandato de cinco anos é insuficiente para por em prática um programa de governo é justificativa que não se sustenta diante da evidência dos fatos.
O saudoso presidente Juscelino Kubitschek, por exemplo, não precisou de maior tempo para inaugurar uma nova era de prosperidade, com a implantação da indústria automobilística. Encontrou tempo, também, para construir Brasília, deslocando o eixo do Poder para o Centro-Oeste, redescobrindo o país e desconcentrando o raio de investimentos produtivos, rumo ao desenvolvimento econômico e social do Brasil.
A bem da verdade, a reeleição produz o desgaste político, a vulnerabilidade do poder e desemboca, quase sempre, no fisiologismo, no desperdício de recursos, na corrupção e tantas outras mazelas já conhecidas do povo brasileiro. A rotatividade do poder. ao contrário, é medida saudável e necessária, pois traz consigo a oxigenação política, apagando desenganos e reacendendo esperanças. Pelo que temos presenciado, durante todos estes anos de república, o mais sensato seria encurtar o tempo dos governantes, em todos os níveis.
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