O projeto do Executivo que proíbe a propaganda de cigarro em rádios, televisões, jornais e revistas continua gerando polêmica. Enquanto representantes de agências publicitárias argumentam que é inconcebível cercear a liberdade de anúncio de um produto que é legalmente produzido e vendido no país, ferindo a liberdade de expressão comercial, do lado do governo tal liberdade não poderia sobrepor-se ao direito à verdade do cidadão, que vem sendo bombardeado por farta propaganda enganosa, quando associa o vício de fumar à vida saudável dos esportistas. Ao meu ver, o que deveria ser objeto de preocupação é a previsão, do Ministério da Saúde, de que 15 milhões de brasileiros, em futuro próximo, morrerão ou ficarão doentes por causa do fumo. Proibir a produção e venda de cigarros seria a solução ética e lógica do problema. E não ficar de olho nos impostos que, afinal de contas, jamais cobrirão os gastos com prevenção, tratamento e enterro dos fumantes. |