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Artigos-->TODA PALAVRA -- 23/01/2007 - 08:52 (Jeovah de Moura Nunes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
No “Suplemento da Televisão" do jornal "Comércio do Jahu" sai aos domingos um trabalho muito bom na última pagina de Rodrigo Galvão de Castro, intitulado “Toda Palavra”. Para nós, que escrevemos rotineiramente é um prato cheio. Neste caso, as crianças que nos perdoem, mas essas matérias do Rodrigo são muito boas para nós adultos mesmos. Particularmente, vem de encontro aos nossos interesses porque a língua portuguesa é repleta de nuances e de regras capazes de confundir o estudante, e mesmo o jornalista, ou um escritor. Quem escreve necessita do amparo de um didata constantemente, ou o estudo permanente de nossa língua, que é sem dúvida alguma uma das melhores do mundo, já que suas regras, embora demasiadas, torna-a uma doçura no falar e uma perfumada rosa na leitura. Há uns dois anos compramos em Sampa, numa banca de sebo, um livro extraordinário, escrito por um renomado diretor de redação do “Estadão”. Na certa escrevera o livro já gozando as benesses de sua aposentadoria, uma vez que a profundidade de sua pesquisa e a minúcia ali colocada é bastante profunda. Dá ao leitor a possibilidade de bem escrever, igual ou até melhor do que um tarimbado jornalista. O fato é que comprado o livro trouxemos para cá e guardamos carinhosamente, no intuito de rebuscar no devido tempo todos os ensinamentos ali expostos. Com o tempo e com a falta também do tempo acabamos por esquecer o “amigo” num armário. Até que no ano passado, aí pelo mês de maio, resolvemos desentocar o livro e lê-lo, anotando seus ensinamentos tim-tim por tim-tim. Para isso tínhamos de portá-lo, ou numa sacola, ou numa pequena mochila, levando-o para o trabalho na ida e na volta. Um dia ao passar pela “lan”, aí no jardim de baixo, deixei o dito cujo numa sacola amarrada ao guidão de minha bicicleta lá dentro da sala. Pois não é que ao terminar nossa viagem virtual a sacola havia desaparecido? E desapareceu juntamente com uma camiseta, um caderno de anotações e o precioso livro. Fiquei bastante magoado. Tanto que resolvi instalar a tal banda-larga em minha casa e agora não preciso mais passar na “lan-house”. Pedimos de público a pessoa que imaginou talvez encontra valores e não um livro, devolver-nos, caso não necessite dele. Prometemos recompensar em dinheiro e ficarmos quietos. Contudo, se isto não acontecer faremos o que estamos fazendo há tempos: recortando a matéria do Rodrigo “Toda Palavra” e seguindo suas belíssimas orientações. Já temos uma pasta cheia. Pretendemos em breve comprar um caderno tipo “brochurão” e copiar a mão os ensinamentos ali expostos. Isto nos foi ensinado por uma professora de português que tivemos no passado. Ela aconselhava aos seus alunos fazerem cópias à mão das lições de português, assim devagar as regras eram assimiladas pelo aluno. “Quem escreve” – dizia ela – “escreve duas vezes: no papel e na cabeça”. Não custa nada para nós copiar devagarzinho, nas horas mortas, as lições do Rodrigo.

Li, há algum tempo, uma matéria em que o articulista citou o médico Zamenhof como um visionário quase louco por ter criado uma língua artificial, chamada “Esperanto”. Ora, não é bem assim. O doutor Luís Lázaro Zamenhof, médico e filólogo, nascido na cidade de Bielostok, na Polônia, em 1859 e falecido em 1917 fundou o Esperanto, como o próprio nome diz “esperança”, no intuito de o mundo inteiro falar uma mesma língua. A balbúrdia, ou a verdadeira loucura do planeta é o mundo inteiro falar línguas diferentes. Ele sonhou e pôs mãos à obra o seu sonho. Quase conseguiu. Faltou o bom senso da maioria das pessoas. Hoje, a língua mundial é a inglesa, em razão do poderio econômico dos EUA e da Inglaterra. Mas, a língua mais atraente, bonita e curiosa de se ouvir no mundo todo é a portuguesa. Nós, que a falamos, não percebemos. Mas, os estrangeiros ficam de boca aberta quando ouvem o brasileiro falar. E gostam muito. Particularmente, gostamos de ouvir o francês falar. Quando a mulher faz biquinho para dizer: monsier, poupet, merci. O português-brasileiro exige também biquinhos e muita sonoridade ao falar. Por isso é muito apreciada a nossa língua em todo o mundo. E toda palavra é ouvida e lida com muito carinho.



Jeovah de Moura Nunes

Jornalista e escritor



(publicado no jornal “Comércio do Jahu” de 19 de janeiro de 2007 - sexta-feira)



http://artigosjornalisticossemfronteiras.blogspot.com/

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