Usina de Letras
Usina de Letras
183 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62273 )

Cartas ( 21334)

Contos (13267)

Cordel (10451)

Cronicas (22539)

Discursos (3239)

Ensaios - (10381)

Erótico (13574)

Frases (50664)

Humor (20039)

Infantil (5454)

Infanto Juvenil (4778)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140816)

Redação (3309)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1961)

Textos Religiosos/Sermões (6206)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Artigos-->sobre o filme BABEL -- 22/01/2007 - 10:55 (Claudia Barreiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A Torre de Babel é mencionada no livro bíblico do Gênesis como uma torre enorme construída pelos descendentes de Noé, com a finalidade de tocar os céus. Deus, irado com a ousadia humana, teria feito com que todos os trabalhadores da obra começassem a falar em idiomas diferentes, de modo a que não se pudessem entender, e assim, acabaram por abandonar a sua construção. Foi neste episódio que, segundo a Bíblia, explica a origem dos idiomas na humanidade. (Gênesis 10:10; 11:1-9)

Babel, o filme não é diferente. Começa com um episódio acidental, após adquirir uma arma de um marroquino, para abater os chacais que atacam constantemente suas ovelhas, um morador tem sua pacata vida atormentada. Um dos filhos atira a ermo em um ônibus de turistas, para testar a legitimidade de que a bala “viajaria” a 3 Km, como prometera o vendedor. À bala “viaja” e atinge a clavícula de uma americana, que a passeio com seu marido para o Marrocos, tenta recuperar seu casamento.

O filme é uma porrada no estômago. Extremamente político, toca exatamente na prepotência americana, na arrogância. Uma atitude de uma criança, a princípio inocente acaba trazendo à tona a visão arrogante americana. Os moradores da cidade marroquina são vistos como terroristas, os olhares falam por si só. Enquanto isso outras histórias sutilmente ligadas ao fato vão se desenrolando. A babá mexicana que cuida dos filhos do casal, vai ao casamento do filho, levada pelo sobrinho e para não deixar as crianças a sós resolve levá-los a festa. Atravessam a fronteira mexicana e no retorno são parados pela polícia de fronteira, seu sobrinho toma uma atitude extrema diante novamente da prepotência americana. Um pesadelo para a mulher que tem as crianças como seus filhos.

Em Tóquio, um pai tenta entender e se relacionar com a filha adolescente, surda-muda que é órfã de mãe, e que vive em uma sociedade extremamente conservadora, o silêncio da adolescente é angustiante, em determinado momento ela grita e chora, é um sentimento sufocado, um silêncio agoniante... Uma dor que ela carrega e que precisa extravasar de forma sexual, de forma a descobrir nas entranhas a dor de sua alma.

O Filme é muito forte mas a cena mais forte do filme fica por conta da caçada da polícia marroquina atrás do autor do disparo que atingiu a americana.

Os americanos, marido e mulher atingida pelo tiro aguardam uma ambulância, e para que se evite um problema diplomático à polícia marroquina avisa que seria melhor eles esperarem o helicóptero americano já a caminho. (fato, ela poderia ter morrido nesse meio tempo), por conta da arrogância americana, a notícia que se ouve é de que terroristas atingiram um ônibus de turistas, atingindo uma mulher. A notícia corre o mundo. Marroquinos são terroristas e ponto. Um povo extremamente sofrido, que por obra do destino, o guia do ônibus é a pessoa que estende a mão ao americano, se recusando a aceitar um maço de dólares que o americano oferece ao marroquino, ( um tapa sutil na cara do americano), quando o helicóptero que levará sua esposa para um hospital está pronto para levantar vôo.

Preconceito contra imigrantes mexicanos, marroquinos, generaliza-se, todos estão na mesma torre de babel, falando línguas diferentes, há falha nas comunicações.

Babel é uma torre cheia de problemas, a chaga da sociedade que agoniza, há atitudes egoístas, prepotentes, violentas, há dor.

Sai do cinema com a sensação de ter levado um soco, daqueles que te nocauteiam, dez, nove, oito, sete, seis, cinco...lona!
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui