Qualquer iniciativa no sentido de monitorar programas de televisão, em nome da moral ou da ética, a mídia oferece reação imediata. Parece até que suas atividades não resultam de concessão pública e que a mídia jamais cometesse excessos ou pudesse impor, à população, costumes e valores, à revelia do Estado. Engraçado é que a própria mídia utiliza, quando lhe interessa, de censura prévia, seja por omissão ou por abordagem parcial dos fatos. Quando o governo, por exemplo, alegou falta de dinheiro para o pagamento dos 11,98%, devidos aos servidores do Judiciário, desde 1994, conforme sentenciou o STF, a imprensa limitou-se a enfatizar a falta de recursos, deixando de lado o mau exemplo do presidente, em não dar fiel cumprimento à uma decisão judicial. Exatamente ao contrário da notícia relativa ao Sindicato dos Professores do DF, que desconhecendo determinação judicial, continuou com a greve, fato repudiado com veemência pela imprensa. Dois pesos e duas medidas? |