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Artigos-->A OJERIZA DO GOVERNO AOS BINGOS -- 13/01/2007 - 08:12 (Jeovah de Moura Nunes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Não temos nenhum relacionamento com quaisquer casas de jogos de bingos de Jaú, ou no Brasil inteiro. Os únicos lugares de apostas que costumamos entrar são as lotéricas, bancadas pelo governo federal, através da Caixa Econômica Federal. Prova definitiva de que o governo e tão somente o governo federal detém o monopólio do jogo no país e não pretende dividir esse filão com ninguém. Resta saber, neste caso, se tal comportamento é mesmo próprio e adequado a um país que se gaba de ser democrático. Este ufanismo é falso porque a democracia é entendida como um direito de se negociar, que não cabe apenas ao poder, mas distribuído com a sociedade, a qual é o sustentáculo do poder. Em sendo o bingo uma contravenção penal por não existir legislação que permita o seu funcionamento, pergunta-se: e a profissão de camelô é regulamentada? Se não é, já deveria ser, porque a legislação é construída sobre o alicerce dos costumes. Tanto a camelagem quanto os bingos são costumes de nosso país. Cadê os legisladores que não fazem leis específicas? Parece-nos que o quê deveria ser fechado é o Congresso, cujos legisladores não acompanham os costumes sociais de nosso povo.

Vamos falar um pouco dos Estados Unidos da América. Especificamente de Las Vegas a maior cidade do Estado americano de Nevada. Localiza-se ao sul do Estado, no Condado de Clark, do qual a cidade é sede. A cidade propriamente dita possui 534.837 habitantes, e sua região metropolitana possui cerca de 1,9 milhão de habitantes. A cidade foi fundada em 1905, com a criação do primeiro cassino, o velho e famoso “Flamingo”. Extraordinária justamente por seus cassinos, Las Vegas é conhecida como o "Parque de Diversões da América". Na Las Vegas Boulevard, mais conhecida como Strip, encontram-se os cassinos mais imponentes do mundo como o Stratosphere, Treasure Island, Belaggio, MGM Grand e New York, New York, só para citar alguns. Em Las Vegas a renda média anual de uma residência ocupada é de 44.069 dólares e a renda média anual de uma família é de 50.465 dólares. Pessoas do sexo masculino possuem uma renda média anual de 35.511 dólares, e pessoas do sexo feminino, 27.554 dólares. A renda per-capita da cidade é de 22.060 dólares. 11,9% da população da cidade e 8,6% das famílias da cidade vivem abaixo da linha de pobreza. 15,4% das pessoas com 17 anos ou menos de idade e 8,3% das pessoas com 65 anos ou mais de idade estão vivendo abaixo da linha de pobreza. Mas, o fato de existirem pessoas abaixo da linha da pobreza, não significa que passam fome. Essas pessoas vivem mais ou menos como vivem as classes médias baixas no Brasil. E na verdade, os dados acima são oficiais e o americano não é muito de “oficialato”. Eles costumam ganhar muito mais dinheiro “por fora” do que podemos imaginar. Enquanto nos Estados Unidos a indústria da jogatina é particular e cresce a olhos vistos, aqui em nosso território tupiniquim os bingos são fechados, dando um basta no emprego de muita gente. Avaliando a situação, a Justiça Federal bem que poderia insistir na necessidade do Congresso em uma urgente legalização das casas de bingo. E caso os puritanos de plantão não gostem dos bingos, então, ao contrário da tal bolsa família, que se abram bingos em todo o sertão do nordeste, semelhante ao que os americanos tiveram a coragem de fazer, criando no meio do deserto, próximo ao Grand Canyon a maior cidade da jogatina do mundo: Las Vegas, gerando empregos e bilhões de dólares para o governo e para o povo. Isto tudo sem interferência da Justiça Federal americana, porque em primeiro lugar está a liberdade de criar e produzir, depois vem o consenso da formalização. Porém, o Brasil ainda patina na grande dúvida de ser, ou não ser parte de uma questão simplória, como é a idéia de ganhar dinheiro e se desenvolver. A idéia maior aqui é a de perseguir pessoas, invadir e desalojar cidadãos de suas casas, cacetadas nas costas de camelô e de pessoas desempregadas, impedir o trabalho alheio, etc. etc. Mudou alguma coisa de 1964 para cá? Acredito que sim. Só não mudou aquela sensação que sentimos, quando fomos dormir numa noite democrática e acordamos numa manhã ditatorial.





Jeovah de Moura Nunes

Jornalista e escritor

jeovahmnunes@hotmail.com









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