Há algo de estranho, - no mínimo paradoxal -, estampado nas faces dos titulares da guerra entre os Estados Unidos e o Afeganistão. George W. Bush, presidente da maior potência mundial, reconhecidamente o mais perfeito exemplo de democracia, símbolo do capitalismo de resultados, que cultua a livre iniciativa, a cooperação entre as nações, o respeito e a garantia das liberdades individuais e coletivas, possui expressão enigmática. Está mais para sisudo. Alterna momentos de indiferença, tensão, e mal humor, sem motivo aparente. Do outro lado, Osama bin Laden. Terrorista, frio e calculista. Comprovadamente dos mais perigosos. Capaz de cometer atrocidades do tipo daquela que se abateu sobre as torres gêmeas de Nova York, que resultou na morte de milhares de inocentes. Ao contrário de Bush, no entanto, possui, nos olhos, o brilho próprio dos que sonham, dos eternamente felizes. Expressa profunda calma e a segurança de quem confia. Denota grande paz interior. De fazer inveja a qualquer budista. Por que será???
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