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Artigos-->ABSURDO, ABSURDO, ABSURDO!... -- 10/01/2007 - 22:43 (Francisco Miguel de Moura) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
ABSURDO! ABSURDO! ABSURDO!...



Francisco Miguel de Moura*



O Iraque é aqui. Israel e Palestina são aqui. Lamentável num país em que o povo ama tanto a paz! Vejamos as contradições. O Presidente do Poder Legislativo, Dep. Aldo Rebelo, perdeu a chance de ficar calado ao dizer que “no Brasil a violência grassa, não por falta de leis, mas por insuficiência de administração delas”, o que quer dizer: o Poder Executivo (Ministério Público, Polícias, Exército, Direção de Presídios, etc.) é omisso ou impotente. Poucos minutos antes, no mesmo “Jornal da TV Globo”, saíra uma nota do Planalto informando que “o pacote das leis enviadas ao Congresso há meses (depois da onda de violência de maio, em S. Paulo), permanece intacto: nenhuma das medidas foi votada”. Ora, que há leis demais neste país, sabemos, mas também que, às mais das vezes, são malfeitas e casuísticas. Trata-se, então, urgentemente, de coibir o absurdo da violência, enfraquecendo os cidadãos que votam, pagam impostos, trabalham, estudam, procriam, criam, educam e vivem honestamente. Não apenas coibir: – punir exemplarmente os culpados. Munido das leis existentes, resta ao Governo tornar o crime uma coisa horripilante, insuportável, tanto ante as câmeras de tevê e ondas de rádio, como na internete, nas novelas, nos jornais, na música popular, na imprensa escrita. É intolerável que os meios de comunicação eudeusem, elogiem, premiem ações desonestas, cruéis, desumanas, quer em musicais, quer em novelas, no cinema, no teatro, em todas as artes. Mas, sem censura. Liberdade vigiada. A democracia precisa disto, enquanto a sociedade civil não cresce em auto-estima e conhecimento, educação e demais instrumentos modernos de sociabilidade. Que direito tem um facínora como Fernandinho Beira-mar, um Marcola, entre tantos outros que comando o tráfico de drogas e o crime de dentro dos presídios? Que direito têm de advogados, médicos, enfermeiras, televisão, celular, jornais, computador e tudo mais ao alcance de sua cela, com banhos de sol e comida da melhor? Visitas da família e namorados/as, a toda hora, hem? O criminoso de crimes hediondos, chefes de quadrilhas, de extermínio, etc. no meu entendimento, perderam os seus direitos civis. Vá lá que um mínimo de direitos humanos lhe sejam concedidos, desde que demonstrem boa vontade e conduta condizente com a natureza humana, sem deixar de vigiá-los 24 horas por dia, se possível (e é possível) em presídios muito distantes dos grandes centros urbanos, Amazônia, por exemplo. Desde que as fronteiras estejam inteiramente vigiadas também 24 h. por dia, com equipamentos de alta tecnologia. Recentemente, os jornais se encarregaram de dar destaque ao casamento do Marcola com uma estudante de direito, com direito a cerimônia no presídio, embora não tenha havido contato físico nem troca de alianças – enfatizaram. Mesmo assim. Criminoso não paga imposto, não vota, não tem liberdade de ir e vir (embora no Natal e noutras festas o Governo haja concedido liberdade para que centenas deles fossem passar essas festas com as respectivas famílias – mas o resultado tem sido desastroso), e ainda querem mais os “promotores dos direitos humanos”. E os direitos dos que foram (centenas e centenas por ano) violentamente arrancados de suas casas (por seqüestro) ou das ruas, ou mesmo perdido seus bens e o maior, a vida? – Direito este, à vida, que a Polícia tem garantido àqueles que tiraram tantas vidas e continuam, ao que parece, com o mesmo propósito. Para onde foram os direitos humanos de nossa gente mais humana, menos fera? E os direitos dos seus familiares com as perdas e o sofrimento? Sou cristão, contra a pena de morte, contra o aborto, contra a eutanásia, todo a favor da vida. Mas todo crime deve ser punido de acordo com a gravidade, através da lei e da justiça, até o fim da vida do criminoso, se necessário. Perdoar, sim, sem dispensar a pena. Só assim pagará o que deve. Que o Congresso e o Poder Executivo aligeirem a aprovação e cumprimento de códigos e leis penais, civis e processuais, dando o bom exemplo de cima, para que o povo possa distinguir o bem do mal, pois nesta bagunça quase estão sendo confundidos. Eis o absurdo da violência, absurdo da morte violenta e sem chance de defesa, absurdo da falta de punição dos delinqüentes.

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*Francisco Miguel de Moura, brasileiro, poeta e romancista, mora em Teresina. E-mail: franciscomigueldemoura@superig.com.br

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