Primeiro, o Presidente FHC foi surpreendido com a gravidade do problema energético. Depois, com a falta de chuvas. Mais tarde, a imprensa noticiou que o FMI teria recomendado um breque nos investimentos. Desmentidos à parte, o problema, da alçada do governo, acabou nas mãos do consumidor (ou seria nos bolsos?). Resultado: o governo ameaçou com o apagão, prometeu multas e cortes de luz e, finalmente, após decisão do STF, (acatada, desta vez, em tempo recorde), ameaçou geral. Conclusão: a redução do consumo, comemorada pelo governo, fez despencar a receita das empresas, que reclamaram da medida. O governo agiu rápido e, pela segunda vez, aumentou o preço da energia, para compensar os prejuízos (?). E pela segunda vez, o consumidor, que nada tinha a ver com o problema, pagará para ver. Mesmo no escuro. Que bom se a questão salarial dos servidores públicos pudesse contar com tanta dedicação e eficiência da parte do governo.
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