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Artigos-->Os políticos e os ídolos -- 05/01/2007 - 19:23 (João Rios Mendes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Hoje é o dia da posse do Presidente Luis Inácio Lula da Silva para o seu segundo mandato na Presidência da República. O que me chamou a atenção nestes últimos dias foram os comentários de alguns conhecidos, quando perguntados se iriam à Esplanada dos Ministérios ver o desfile do Presidente em carro aberto cumprimentando a multidão.



Os jornais informam que 10 mil pessoas foram a essa festa. Em 2003, na posse do primeiro mandato, compareceram cerca de 50 mil. A razão para o baixo comparecimento hoje é o envolvimento de membros do Partido dos Trabalhadores/PT – partido do Presidente – em denúncias de mensalão, máfia das sanguessugas, o aparecimento de 1,7 milhão de reais para compra de dossiê dos adversários do PT etc. Embora a população o tenham reelegido, assim se fez desconfiando do envolvimento do Presidente nessas denúncias, ainda que até o momento nada tenha sido provado contra ele.



Pois bem, na roda com os colegas, a pergunta era uma só: você vai à Esplanada ver o Presidente? Todas as respostas não variavam muito: Não, não vou. Fui à primeira posse por que eu estava apaixonado e com esperança de ele mudar o país, o ajudei a ser reeleger, mas estou decepcionado!



Há cerca de dez anos, nos corredores do Senado, ouvi de duas mulheres, que acabavam de abraçar uma senadora, o seguinte: _ por essa mulher eu morro, mato, faço os diabos, mas ninguém mexe com ela. Poucos dias antes de contar isso a você, eleitor ou eleitora, eu caminhava ao lado de um senador, quando se aproximou dele um eleitor, abraçou-o com fervor, pediu-me para tirar uma foto deles e disse mais ou menos o seguinte: _Senador, gosto muito do seu trabalho, gosto muito do senhor e admiro sua honestidade. Eu e minha família votamos no senhor. Meus parabéns, continue assim! O senador o agradeceu, o abraçou, e saímos.



Dias antes da posse do Presidente a Rede Globo de televisão exibiu o programa do cantor Roberto Carlos e seus convidados. Naquela noite, minha amiga Suzana preparou sua casa para receber os amigos e assistirmos ao programa do Rei. Ela convidou poucas pessoas, mas todos compareceram. Como não poderia deixar de ser, o assunto foi passado, presente e futuro de Roberto Carlos e o que suas canções representavam para cada um de nós. Num ponto houve unanimidade, desde as nossas adolescências todos éramos fãs dele, ele era um cara imbatível no palco, honesto nos negócios e forte para vencer os traumas que a vida lhe apresentara. E nunca ouvimos falar de seu envolvimento em falcatruas, atitudes desonestas ou coisas parecidas.



Tão ou quanto apaixonados, todos havíamos sido também pelo sindicalista Lula. Por que nos desapaixonamos do Lula e não do Roberto Carlos? Tanto um quanto o outro nos fez sonhar com suas mensagens que eram bálsamos para as nossas vidas. Podemos dizer, eu em particular, que contribuímos para o sucesso deles. Para o Lula, compramos broches, bandeiras, camisetas, bandanas e lenços do PT e também gastamos alguns litros de gasolina e buzina fazendo carreatas. Por Roberto Carlos, fizemos menos, compramos alguns discos e fomos a alguns de seus shows.



Voltando aos senadores. Os políticos em geral serão endeusados enquanto seus discursos e atitudes tocarem a alma dos seus eleitores. A senadora nunca foi reeleita. O senador ainda está no seu primeiro mandato e continua em alta – até que deixe de tocar o coração dos seus eleitores. O Presidente Lula mexeu com a sensibilidade dos 60 milhões de eleitores que o reelegeram, apesar de pairar uma nuvem de desconfiança sobre a sua honestidade. Sobre Roberto Carlos, alguém disse que são as melhores músicas para se ouvir num motel, e ele será admirado enquanto estiver falando aos nossos corações. Falar aos ouvidos é fácil, difícil é tocar o coração.



Os políticos citados um dia foram ou continuam sendo idolatrados. Por que nunca perdemos a idolatria pelo Roberto Carlos? Como ele consegue nos manter fiel a ele?... Também não sei, pergunte a ele. Mas mão pergunte aos políticos por que os deixamos de idolatrá-los.





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