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Artigos-->RISADAS DE HIENAS NO CONGRESSO -- 04/01/2007 - 08:16 (Jeovah de Moura Nunes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos




As nossas leis são tão exageradamente simplórias que fazem dos políticos criminosos uma espécie de extraterrestres com direito a tudo. Direito de se reelegerem e o direito de reeleitos, protegerem-se vergonhosamente com um enorme cobertor verde-amarelo dos atos criminosos que cometeram e o direito de aumentarem seus próprios salários. São intocáveis nos cargos repletos de privilégios, que estimulam mais corrupções e mais apropriações indébitas. Dentro desses direitos, que vão tornando nossa República num ajuntamento de políticos e politiqueiros de todas as espécies, está o direito do eleitor de votar no criminoso. Ora, qualquer elementar pensamento racional acaba por entender que quem vota em criminoso é porque também possui a mesma índole. Isto é simples de entender e é bem por isso que os criminosos em países mais civilizados, se não pegarem um bom tempo nas cadeias, serão esquecidos pela sociedade, que os repudiarão para sempre. Aqui não. Político obstinado em roubar e realizar falcatruas das mais eloqüentes é colocado em liberdade para repetir suas façanhas heróicas de voltar ao mandato e, novamente repetir a roubalheira. Ficamos nós, eleitores, com vocação para a honestidade boquiabertos e com “cara de jegue que passou fome”, com tantas discrepâncias em nossas leis.

Não há nenhuma lógica no fato de condenarmos excessivamente os criminosos – desde ladrões de galinhas aos ladrões de bancos e os atuais hackers – quando os exemplos maiores estão dentro da República. E quando dizemos República, estamos nos referindo aos poderes máximos, mormente o Congresso Nacional. Como podemos condenar pessoas que roubam para sobreviver, ou mesmo melhorar o seu padrão de vida, quando uma quantidade enorme de indivíduos roubam flagrantemente dentro dos suntuosos palácios da República, pelo simples fato de fazerem parte do poder? Quem são essas autoridades que podem se tornar bandidas, sem que a lei as alcance? Sim, porque investigações, CPIs e outros mecanismos de apurações acabam sempre chegando a lugar nenhum. Eles, os políticos de mau caráter, continuam por lá, roubando-nos através de ativa corrupção, flagrada até pelas câmaras da televisão. E as punições para os políticos corruptos e ladrões sempre foram brandas, como se castigasse apenas com um olhar meio severo as crianças mimadas. Permanecem assim naquele status de roubar, receber propinas, ativando e desativando corrupções por séculos neste país de ninguém. E as investigações quase sempre param no meio do caminho. Enquanto isso, aquela mulher que roubou um remédio numa drogaria em São Paulo, com a finalidade de aliviar a febre de seu filho pequeno é presa pela polícia. Fica a noite toda encarcerada. Se fosse apanhada pela população certamente sofreria agressões, porque o povo brasileiro não aprecia ladrões de pequenos furtos. Ou seja, se somos ladrões de galinha o povo fica com raiva. Porém, se roubarmos grandes fortunas no governo, aí o povo aplaude. Como aplaude? Elegendo novamente os mesmos larápios. Temos exemplos à-beça desse comportamento anômalo do povo brasileiro. A condenação dos atos insólitos praticados pelos políticos é apenas da boca para fora. Nós cidadãos comuns temos o direito de interpretar nossas leis punitivas e codificadas como quase ou totalmente simplistas e brandas em demasia, que mais estimulam o furto, o roubo e a criminalidade ao invés de corrigir e exemplificar em definitivo. Nossas leis punitivas simplesmente não funcionam, ou funcionam muito mal, devendo ser urgentemente repensadas, renovadas e melhoradas a níveis mais dignos, copiando principalmente ou dos Estados Unidos, ou da Inglaterra, países onde as punições são absolutamente uma certeza e não uma utopia. Isto se realmente quisermos tornar sério o nosso país e não uma festa permanente de ladrões em toda parte. Ou a República abraça definitivamente o bom senso de uma moral institucionalizada, ou vamos ouvir as hienas gargalhando e novamente roubando aquilo que pagamos por imposição. Fiquei há poucos dias, deveras emocionado ao assistir pela tv uma jovem gaúcha, batendo numa panela, fazendo seu pequeno barulho sozinha. Foi um símbolo para mim. Ninguém pode reclamar. Se reclamamos, permanecemos sós. Isso apenas mostra uma faceta da timidez do povo brasileiro. Povo tímido é povo espoliado.





Jeovah de Moura Nunes

Jornalista e escritor

www.rosasamorpoesias.blogspot.com

http://artigosjornalisticossemfronteiras.blogspot.com/



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