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Artigos-->O AINDA HOJE VERGONHOSO SALÁRIO MÍNIMO -- 04/01/2007 - 08:01 (Jeovah de Moura Nunes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos




O AINDA HOJE VERGONHOSO SALÁRIO MÍNIMO







Segundo noticiou o “Comércio” de 2 de dezembro último, o salário mínimo – naquela data – deveria ser de R$1.613,08 e não os atuais R$350,00, com majoração prevista para R$380,00 em abril deste ano. A declaração foi oficializada por um órgão de pesquisa chamado “Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos” – Dieese, muito conhecido por sinal. Apesar da informação ter sido publicada no inicio do mês de dezembro, ninguém que entenda do assunto falou ou escreveu alguma coisa a respeito. É um silêncio sepulcral. Empresários acostumados a escreverem neste espaço silenciam, quando o assunto é o vergonhoso salário mínimo. Todos querem ser ufanistas em relação ao Brasil, mas não querem admitir que temos entre nós, pessoas (cidadãos e cidadãs) espoliadas, passando necessidades porque ganham uma miséria, paga por empresas, que constantemente estão gritando seus resultados operacionais de grande sucesso, com crescimento econômico vertiginoso, mas sem comentar as despesas com o pessoal, o qual deveria ser o principal investimento da empresa que se preza. Fato notório nos países desenvolvidos, visto ser um dos fins principais da empresa chamar a atenção também dos trabalhadores, na intenção de ser preferida também por esta classe. Mais uma vez se nota o desrespeito imenso para com a nossa Constituição, cujo tamanho parece querer aparecer para o mundo, mas para nós brasileiros não passa de letras mortas. Não tem para nós a autoridade que deveria ter. No Inciso IV, do Artigo 7º está escrito assim: “salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender as suas necessidades vitais básicas e às de suas família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim”. Deste belíssimo quadro de valorização do trabalhador, a única coisa que se pratica hoje é o vergonhoso aumento anual para um salário carcomido e que deveria entrar para o rol das coisas simbólicas. Algum constituinte, ou a taquigrafia do Congresso deve ter errado no título “Dos direitos sociais”. Deveria ser “Dos simbólicos direitos sociais”. Aí sim, a Constituição deixaria de ser mentirosa. Por trás dessa desvalorização simbiótica, que favorece ao governo e ao grande empresariado brasileiro está uma política copiada, ou extensiva que vem dos tempos da ditadura. Naqueles anos de chumbo não havia como reclamar, uma vez que as liberdades estavam suprimidas. Hoje é diferente. Somos mais livres. Mas, o trabalho desvaloriza-se porque os sindicatos hoje é que são os ditadores do trabalhador. Ninguém faz nada sem passar pelo sindicato. E o sindicato tem suas regras de também explorar o trabalhador. Isto tudo deixa o trabalhador de cabeça baixa, sem ânimo de lutar por um salário melhor, porque o planejamento de sua espoliação é intrincado e ajustado ao seu mísero salário. O INSS também tem o seu quinhão de exploração. Não explora na cobrança em folha da parcela, explora no péssimo atendimento. Em nossa modesta opinião deveria – essa relação trabalhador-INSS – ser opcional. Em sendo obrigatório ficamos à mercê de uma política bestial do governo, que trata a saúde do trabalhador do jeito que está aí, sem pé nem cabeça. Neste caso, sentimos sim o enorme valor do desconto do INSS. Torna-se uma verdadeira extorsão, porque somos cobrados adiantadamente, mas não somos atendidos em conformidade com o nosso eterno pagamento. O INSS serve apenas para uma futura aposentadoria, que afinal acaba também não valendo nada. Só têm valor as aposentadorias compulsórias e de apadrinhamento, o resto é sofrimento porque o trabalhador aposentado tem que continuar trabalhando, ganhando evidentemente por fora, sem conhecimento do dragão chamado INSS, que se souber, irá suprimir a parca aposentadoria do velho trabalhador. É, caros leitores, não devemos ter vergonha de nosso ainda vergonhoso salário mínimo. Devemos ter vergonha de nossos políticos e de nós mesmos ao elegermos péssimos governantes, com pinta de estadistas que nunca foram.



Jeovah de Moura Nunes







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