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Artigos-->PT - BARCO FURADO -- 03/01/2007 - 11:09 (José Virgolino de Alencar) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O presidente Luis Inácio Lula da Silva teima em improvisar sua fala, da qual sai o que ele pensa que está fazendo, enquanto a prática de seu governo vai exatamente na contra-mão do que ele diz.



Na sua reposse, Lula da Silva afirma, sem olhar para a realidade em torno, que continuará trabalhando para os pobres. Mas, sentado na cadeira de presidente ou aboletado no aerolula, ameaça vetar o salário mínimo de R$ 420,00, aprovando tão-somente o valor de R$ 380,00. Na mesma pomposa cadeira, anuncia uma correção na tabela do imposto de renda, corrigindo o teto da isenção que reduz a carga tributária em menos de 1%.



Na cabeça do presidente, as duas medidas beneficiam os pobres e desagradam as elites. Na cabeça dele. Porque, na realidade, reduzindo o salário mínimo, ele está prejudicando o pobre e alegrando as elites que se vêem livres da obrigação de um desembolso maior para os salários, preservando os seus lucros. Isso é elementar e é para se lamentar.



A ridícula correção na tabela do imposto de renda em nada beneficia a massa pobre, cuja renda nem chega perto do teto, em nada desagrada a elite porque esta, como pessoa física, paga pouco imposto de renda, porquanto todos os seus gastos são contabilizados como custos de suas empresas e, conseqüentemente, são dedução do imposto e diminuem o recolhimento.



A carga do imposto de renda permanece nas costas da classe média, descontada na fonte, em alíquotas elevadas. Como essa situação interessa aos grandes proprietários dos meios de comunicação, que dela se beneficiam, não se vê posicionamento da imprensa mostrando esse quadro, contraditório, dissonante entre discurso e prática, mas os ilustres petistas/lulistas ficam esbravejando contra a mídia, quando esta faz crítica de varejo e não vêem que ela é, no atacado, leniente com o governo e seu modelo.



Fica, então, o jogo de cena, o faz-de-conta, permitindo que o presidente abuse da lógica, discursando em favor dos pobres e agindo compactuadamente com os interesses das grandes elites, que nunca se deram tão bem em um período de governo, período longo, de oito anos, suficientes para engordar o capital de uma geração inteira de poderosos.



O modelo vigente sob o governo do PT não tem o mínimo minimorum de socialista, não é sequer social-liberal, é ortodoxamente neoliberal. Não consigo entender porque os petistas históricos, que defendiam e lutavam bravamente por um ideal e por ele perseguiram quase que heroicamente idealizando chegar ao poder para praticá-lo e, ao ver o descaminho da cúpula do partido, ainda permanecem nesse barco, que faz água por todo lado. E é água suja, poluída pela corrupção.



Pula desse barco, gente, e continua a luta por seu ideal, seu sonho de um mundo justo e igualitário, longe dessa tripulação de impostores.



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