Papai Noel existe!??
Não deixem o Espírito de Natal morrer...
Eu adoro andar na cidade à noite,
admirar as luzes brilhando nas árvores,
nas lojas, nas casas, nos muros.
Mas aquele sentido verdadeiro de Natal!
Presentes??? Claro!
Embora essa tradição tenha sido instigada
pelos comerciantes, que lucram nestas épocas,
não sou contra se trocar presentes nessa noite.
É bonito... as pessoas se entendem,
pelo menos até certo ponto...
quando ainda não estão de “cara cheia”!
Trocam abraços fraternos, beijos de carinho
e votos de “Feliz Natal”!
Embora, na maioria dessas reuniões, em todas as casas,
o que realmente prevalece é a fartura da Ceia,
a qualidade e quantidade de presentes distribuídos,
o Natal é necessário existir, como tradição!...
Principalmente pelas crianças.
Não deixem que elas desacreditem da existência
do Papai Noel!
Eu, me vejo criança, nove anos de idade...
Foi quando descobri que o Papai Noel...
Não existia!...
Era meu próprio pai que, a muito custo,
economizava durante o ano todo,
para nos dar os presentes que queríamos,
e o que ele podia comprar!
Uma noite, fiquei acordada, pela curiosidade
incontrolável e... logo após a “Missa do Galo”,
como era de costume, meu pai deixava
nossos presentes debaixo de nossas camas...
Uma boneca para mim...
outra para minha irmã mais nova,
e um carrinho, geralmente feito de madeira,
para meu irmão caçula!
Quando, certa noite de Natal, fingindo que dormia,
vi que não existia Papai Noel nenhum
e sim, meu próprio Pai que nos trazia
os presentes, fiquei decepcionada e triste.
A decepção, por descobrir que
Papai Noel era uma invenção...
Sei lá, mas naquela idade eu não
entendi muito bem quem havia
criado aquela fantasia
E, a tristeza, foi por eu ter descoberto!
Pois eu preferia ficar acreditando no bom velhinho,
apesar de nunca te-lo visto!
Nunca contei isso à ninguém!
Nem para meus irmãos menores,
pois eu queria que eles continuassem acreditando.
Não disse nem para meu pai ou minha mãe,
para não decepcioná-los!
Guardei o segredo comigo e, nos anos seguintes,
eu não conseguia mais dormir...
Via meu pai chegar todo feliz, colocar os presentes
debaixo de nossas camas e ia dormir,
satisfeito do dever cumprido!
No dia seguinte, eu brincava feliz
com minha boneca nova e com meus irmãos.
Agradecia a Papai Noel e continuava
a fingir que acreditava!!!
No final, acho que até acreditei mesmo!
Deixem as crianças acreditarem!
Pois a vida é feita mesmo de esperanças!!!
E... enquanto prevalecer a inocência
e ingenuidade nos olhos das crianças...
Viva a utopia criada pelo Homem!
Milla Pereira
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