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Artigos-->A IMPORTÂNCIA DO ORÇAMENTO DOMÉSTICO -- 13/12/2006 - 12:59 (José Virgolino de Alencar) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Quando se fala em equilíbrio financeiro, muitos hão de pensar que se trata de situação restrita a uma empresa ou entidade governamental, ou seja, ao tesouro público. A expressão foi monopolizada pelos burocratas, tornando-se quase uma heresia o seu uso fora daquele terreno. Mas o cidadão de classe média que se debate ante uma perspectiva econômica mundial um tanto quanto sombria, com tremendos reflexos no panorama nacional, não pode deixar de se preocupar com o equilíbrio financeiro de seu tesourinho privado.



Administrando o binômio receita/despesa, sentindo o fenômeno da escassez de recursos frente às incontornáveis necessidades, o homem que vive de salário precisa segurar as rédeas de seu sistema financeiro doméstico. O equilíbrio desejado deve conjugar o ajuste das disponibilidades com um sensato equilíbrio patrimonial. Melhor dizendo. Não adianta segurar as despesas ao nível das receitas se não resultar nada em termos de bens de capital. Por outro lado, de nada serve muitos bens materiais em sacrifício do custeio da operação e manutenção da casa.



É irracional ter-se um carrão reluzente na garagem de uma casa carente. É insensato ter-se um suntuoso casarão com um calhambeque na garagem. Ou dar banquete sob o desconforto de uma palhoça e andar a pé. Tudo isso é desequilíbrio, mesmo que o orçamento não esteja estourado. O negócio é dosar cada item do conforto e do lazer, moderadamente, tendo-se de tudo um pouco. Tudo que for essencial, útil. O supérfluo deve ser suprimido e sua dotação carreada para uma poupança, objetivando cobrir as situações eventuais.



O crédito decorrente deve ser usado, sem concorrer para o desequilíbrio orçamentário e financeiro. Com a finalidade de suprir eventuais insuficiências de caixa, numa antecipação de receitas, o crédito adicional é útil a fim de evitar pesada compressão no custeio. Elegendo o equilíbrio como obsessão, o administrador doméstico periga cair em situações incoerentes. Tentando, por exemplo, pagar bem e em dia a sua folha de pessoal(cozinheira, arrumadeira, babá, etc.) o gestor das contas domésticas poderá comprimir em demasia os custos, reduzindo a alimentação, os vestuários, materiais de rotina, asseio e higiene, etc.. Dessa maneira, afetará a tranqüilidade do lar. Haverá aí um falso equilíbrio financeiro.



Outro cuidado que o administrador de fundos domésticos deve ter é o de não se iludir com o crescimento das receitas, oriundo apenas de correção inflacionária. Nesse caso, o aumento de salários dificilmente compensará o acréscimo de seus custos individuais. Muitos jactar-se-ão de que sua habilidade lhe dará mais recursos e que a contenção imposta conduzirá ao equilíbrio programado, certamente ganhando IBOPE no seu fã-clube caseiro. Acontece que uma redução de gastos sem avaliar a necessidades deles e as conseqüências advindas, ameaça estabelecer a desarmonia doméstica.



A situação pode complicar-se mais ainda se essa contenção atingir dotações relativas a mesadas, principalmente de filhos e seus irrecusáveis divertimentos. Além do mais, Educação e Saúde dos membros da família são prioritárias e incompressíveis. O filho turista e/ou o que gasta para aparecer em colunas sociais podem ter suas mesadas reduzidas ou até cortadas totalmente, por serem supérfluas. Se a mesada exige um crédito suplementar, este deve ser negado se a fonte de cobertura for o corte da educação e da saúde. Crédito suplementar só com superávit de receita.



Como vêem, a administração doméstica utiliza a metodologia da administração pública. Afinal, aquela é uma célula desta e o equilíbrio de uma proporciona o equilíbrio da outra. As regras informais da gestão doméstica, fruto de uma praxe secular, inspiram as leis e normas formais da administração pública, mesmo porque recursos privados vão para o tesouro público através de impostos, enquanto recursos públicos também vão para o tesouro doméstico via rendas e salários.



Por fim vale lembrar que “economia”, etimologicamente, significa “governo da casa”. Assim, ambos os segmentos sócio-políticos têm tudo a ver.





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